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Estado de Minas

PF mira em transa��es de banco de luxo na Sui�a

As investiga��es envolvem lavagem de dinheiro, sonega��o fiscal e crime contra o sistema financeiro


postado em 26/05/2015 08:19 / atualizado em 26/05/2015 08:36

Bras�lia e Genebra - A Pol�cia Federal abriu inqu�rito para investigar suspeitas de pr�tica de lavagem de dinheiro, sonega��o fiscal e crime contra o sistema financeiro envolvendo tr�s s�cios da GPS Planejamento Financeiro, l�der no mercado brasileiro de gest�o de grandes fortunas.

A gestora � controlada pelo private bank su��o Julius Baer Group, citado na dela��o premiada do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. No depoimento, o ex-executivo declarou que contratou o banco su��o para investir dinheiro arrecadado de propina que recebeu para facilitar contratos na estatal.

O inqu�rito envolvendo a GPS n�o tem, contudo, rela��o com a Opera��o Lava-Jato.

Ele foi aberto em outubro de 2013 e, atualmente, est� suspenso liminarmente pela Justi�a, que aponta supostos erros de procedimento na instala��o das investiga��es, desde fevereiro deste ano.

Antes da paralisa��o das investiga��es, a Pol�cia Federal trabalhava com a suspeita de que o banco teria comprado a GPS para facilitar a remessa ilegal de dinheiro de brasileiros para a Su��a.

O Julius Baer adquiriu 80% de participa��o da GPS em duas etapas. Na primeira, em 2010, obteve 30%. Quatro anos depois, no tamb�m ano eleitoral de 2014, elevou a participa��o para 80%.

Conforme o inqu�rito, os s�cios fundadores da GPS Jos� Eduardo Nepomuceno Martins, Roberto Santos Telles Rudge e Marco Antonio Belda de Dios Fernandes "podem estar favorecendo a evas�o de divisas dos clientes da GPS" por meio do banco su��o Julius Baer.

Documentos anexados ao inqu�rito, segundo an�lise da Pol�cia Federal, os relaciona a "contas banc�rias n�o declaradas no exterior, no banco HSBC Republic Bank Monaco S.A." E menciona "recursos depositados em para�sos fiscais de Ilhas Jersey, M�naco e Su��a que seriam provenientes de sonega��o fiscal (caixa 2) e estariam sendo enviados pelo grupo empresarial GPS".

Em parecer anexado ao processo, o N�cleo de Correi��es da Pol�cia Federal justificou a abertura do caso porque o inqu�rito "oferece uma farta quantidade de elementos probat�rios que, ao menos em tese, aparentam guardar verossimilhan�a com o conte�do acusat�rio, que seja pela riqueza de detalhes, que seja pela possibilidade de sua confirma��o."

O Julius Baer � hoje o maior private bank independente da Su��a, com 125 anos de atividade. Sua atua��o envolve aplicar dinheiro dos clientes em obras de arte, joias e institui��es financeiras. No total, o banco administra fortunas no valor de US$ 372 bilh�es e conta com escrit�rios em Genebra, Hong Kong, Montevid�u, M�naco, Lugano, Cingapura e Dubai. Al�m da GPS, no Brasil o banco � dono de 100% da empresa Bawn, de gest�o de fortunas, que tem entre seus clientes jogadores de futebol.

Liminar

A suspens�o das investiga��es do banco su��o ocorreram a partir de determina��o do desembargador Jos� Lunardelli, do Tribunal Regional Federal da 3ª Regi�o. Ele concedeu uma liminar a pedido da defesa sob o argumento de que o inqu�rito foi instaurado pela Pol�cia Federal com base em den�ncia an�nima, sem investiga��o preliminar. Argumentou, ainda, que as provas apresentadas s�o "documentos protegidos por sigilos banc�rios e fiscal que s� poderiam ser obtidos mediante furto ou viola��o de correspond�ncia".

Ao conceder a liminar, o desembargador escreveu. "� dever da autoridade policial realizar investiga��o pr�via dos fatos antes da instaura��o do inqu�rito policial. Atitude diversa acarretaria o risco de sujeitar o cidad�o � coa��o desnecess�ria e injustific�vel e, ainda, movimentar a m�quina policial em v�o." A decis�o sobre se as investiga��es ser�o retomadas caber� ao plen�rio. O caso chegou ao TRF porque o juiz da 2ª Vara Federal Criminal havia determinado o prosseguimento das investiga��es.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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