Bras�lia - Numa investida para tentar "virar a p�gina" do ajuste fiscal, emplacar uma agenda positiva e iniciar um processo de resgate de parte de sua popularidade, a presidente Dilma Rousseff lan�a nesta ter�a-feira o Plano Safra 2015/2016 em cerim�nia no Pal�cio do Planalto.
Principal defensor das medidas do pacote de reequil�brio financeiro, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se op�s nos bastidores � ministra da Agricultura, K�tia Abreu, na defini��o das taxas de juros do plano. Levy tem sido alvo de ataques de petistas, que o consideram um economista alinhado em demasia �s vontades do mercado financeiro.
O Minist�rio da Fazenda queria desembolsar um volume menor de subs�dios nesta edi��o do Plano Safra e, com isso, tentava garantir uma taxa m�dia de pelo menos 9,5% ao ano. A Agricultura, em contraponto, brigava por uma taxa mais favor�vel, entre 8% e 8,5% ao ano.
O titular da Fazenda j� havia divergido de outro colega, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na defini��o do tamanho do contingenciamento. Levy defendia um corte da ordem de R$ 78 bilh�es, mas acabou derrotado - o contingenciamento ficou em R$ 69,9 bilh�es.
"As medidas aprovadas na semana passada pelo Congresso (as MPs que endurecem as regras de concess�o de benef�cios previdenci�rios e trabalhistas) criam as condi��es para que o governo possa efetivamente desempenhar sua agenda positiva de desenvolvimento e retomada do crescimento da economia", disse o ministro-chefe da Secretaria de Comunica��o Social, Edinho Silva.
O an�ncio do Plano Safra foi um dos principais temas discutidos na reuni�o de coordena��o de ontem entre Dilma e auxiliares. Para reverter as m�s not�cias que atingem o Pal�cio do Planalto, a presidente tamb�m discutiu a situa��o da Petrobras. O governo n�o quer que as den�ncias de corrup��o, em meio aos desdobramentos da Opera��o Lava Jato, atrapalhem a divulga��o de dados da estatal considerados positivos, como os de produ��o e explora��o do petr�leo.