S�o Paulo - O doleiro Alberto Youssef foi ouvido na manh� desta ter�a-feira na Justi�a Federal, em Curitiba - onde est� preso acusado nos processos da Opera��o Lava-Jato -, dentro da a��o aberta para investigar suposto abuso de poder econ�mico da presidente Dilma Rousseff (PT) na campanha de reelei��o de 2014, a pedido do PSDB.
Youssef n�o apontou elementos espec�ficos sobre a campanha de 2014 da candidata do PT, segundo a defesa da presidente.
O doleiro revelou nos acordos de dela��o premiada seu envolvimento com o uso de doa��es eleitorais aos partidos envolvidos - PT, PMDB e PP - como forma de ocultar propina da Petrobras. Ouvido pelo juiz Nicolau Lupianhes Neto, da Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na sede da Justi�a Federal, em Curitiba, ele informou n�o ter participado ativamente de esquemas durante a disputa por estar detido.
Preso desde mar�o de 2014 - acusado de corrup��o, lavagem de dinheiro e participa��o em organiza��o criminosa por conta dos desvios na Petrobras -, Youssef estava na Cust�dia da Superintend�ncia da Pol�cia Federal, em Curitiba, no per�odo da disputa eleitoral. Atualmente, ele no Complexo M�dico-Penal do Paran�, em Pinhais, regi�o metropolitana de Curitiba. O depoimento come�ou por volta das 9h30 e durou cerca de uma hora.
O depoimento faz parte da A��o de Investiga��o Judicial Eleitoral (Aije) aberta a pedido do PSDB, no final de 2014, pelo TSE. O partido pede a cassa��o do mandato da presidente Dilma Rousseff por abuso de poder pol�tico e econ�mico.
Entre outros fatos, o PSDB e a Coliga��o Muda Brasil - do candidato derrotado do partido, A�cio Neves (MG) - alegam na a��o apresentada ao TSE que a campanha eleitoral de 2010 da requerida Dilma Rousseff foi financiada, em parte, por dinheiro oriundo da corrup��o da Petrobras.
O advogado Jos� Eduardo Rangel de Alckmin acompanhou a oitiva pelo PSDB. O partido sustenta que h� elementos que indicam que recursos p�blicos desviados da Petrobras que foram parar na campanha de Dilma influenciaram o resultado das elei��es de 2014, em favor de sua reelei��o.
"N�o se trata de um ato isolado, mas sim de uma pr�tica costumeira, com in�cio no ano de 2004, para o financiamento de partidos pol�ticos aliados ao Governo Federal."
Ex-diretor
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa j� foi ouvido pela Justi�a Eleitoral, no Rio, onde cumpre pris�o domiciliar dentro dessa a��o. As investiga��o s�o conduzidas pelo corregedor-geral da Justi�a Eleitoral, ministro Jo�o Ot�vio de Noronha.
Costa reiterou as informa��es dadas em sua dela��o premiada no �mbito da Opera��o Lava-Jato sobre um repasse � campanha presidencial do PT de 2010, mas disse n�o ter como confirmar qualquer informa��o sobre a campanha de 2014.
Costa relatou � for�a-tarefa da Lava-Jato e � CPI da estatal o suposto pagamento de R$ 2 milh�es � campanha de Dilma, em 2010. Segundo ele, o repasse foi feito a pedido do doleiro Alberto Youssef.