Curitiba - O ex-vice-presidente da Mendes J�nior S�rgio Cunha Mendes afirmou em seu interrogat�rio na Justi�a Federal do Paran�, base das investiga��es da Opera��o Lava-Jato, que a empresa pagou R$ 8 milh�es ao doleiro Alberto Youssef. O empreiteiro contou que os pagamentos parcelados foram feitos em contratos frios firmados com as empresas de fachada GFD Investimentos e Empreiteira Rigidez, controladas pelo doleiro.
Segundo S�rgio Cunha Mendes, o dinheiro foi pedido por Youssef, personagem central da Lava-Jato, durante uma reuni�o na sede da Mendes J�nior de S�o Paulo. O doleiro teria entrado em contato com ele ap�s um pedido do ex-diretor de Abastecimento da Petrobr�s Paulo Roberto Costa para que 'atendesse a um telefonema de Alberto Youssef'.
"Nesta rela��o que n�s temos com a Petrobr�s, foi feito um pagamento em cima de um pedido, mas mais que um pedido, uma esp�cie de press�o, para que n�s pag�ssemos em cima de um aditivo que n�s t�nhamos na Petrobr�s", declarou S�rgio Mendes. "Isso aconteceu em 2011 e foi feito em cima disso, em fun��o at� das nossas necessidades, esse pagamento em torno de R$ 8 milh�es. A empresa, realmente, estava em uma situa��o financeira muito apertada, devendo a muitos fornecedores, n�s n�o temos h� muitos anos cr�dito com banco p�blico por causa das pend�ncias que temos com o pr�prio governo. Estamos impossibilitados de… Caixa, Banco do Brasil, BNDES, a gente n�o opera h� muitos anos. Realmente, a situa��o era muito grave para a gente", afirmou.
"Foi colocado que a gente tinha umas pend�ncias, que tinha aprovados desses aditivos e que se a gente n�o fizesse esse pagamento a gente ia ter alguns problemas tanto para receber quanto para novos projetos para frente, contratos, convites, essas coisas. E era uma exig�ncia, inclusive, ele fez exig�ncias at� pesadas, duras. N�s quer�amos primeiro antes de tomar qualquer decis�o, a gente prop�s, vamos ver como � que n�s podemos fazer, se � poss�vel. T�nhamos que pedir autoriza��o do dr. Murilo. Levamos ao dr. Murilo e ele ficou muito chocado", disse S�rgio Cunha Mendes.
Ele disse ao juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Lava-Jato, que desconhece reuni�es em que houvesse combina��o de licita��es da Petrobr�s. O empreiteiro afirmou tamb�m que n�o pagou propina na Diretoria de Servi�os da Petrobr�s, ent�o comandada por Renato Duque - indicado pelo PT para o cargo, Duque est� preso sob suspeita de corrup��o e lavagem de dinheiro.