A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e o Minist�rio da Justi�a acertaram nesta quarta-feira, 10, que o retorno de Henrique Pizzolato ao Brasil ser� j� em 15 de junho, primeiro dia do prazo estipulado para a extradi��o. A data foi confirmada ao Estado pelo secret�rio de Coopera��o Internacional da PGR, Vladimir Aras.
Segundo ele, a viagem de volta ao Brasil s� ser� adiada se o Conselho de Estado, inst�ncia m�xima de quest�es administrativas na It�lia, aceitar algum recurso de Pizzolato suspendendo a decis�o. "Se n�o houver liminar, ser� no pr�prio dia 15", disse Aras.
O secret�rio esteve nesta quarta-feira em evento no Pal�cio da Liberdade, em Belo Horizonte, com o Janot e o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo. O ministro informou ter pedido � PF para que adote logo as medidas necess�rias. "J� solicitei agora � tarde ao diretor-geral da PF (Leandro Daiello) que tome todas as provid�ncias para que desloque o pessoal, a equipe, e tome as provid�ncias necess�rias para que a extradi��o seja feita. N�o havendo qualquer outra situa��o jur�dica de suspens�o, ela ser� realizada no menor tempo poss�vel", explicou.
Cardozo n�o quis falar sobre a decis�o da It�lia, justificando ser assunto de outro pa�s. "Apenas digo que o pleito do Estado brasileiro foi atendido", comentou.
O Brasil tem at� 3 de julho para buscar Pizzolato, pois ele ser� liberado pela Justi�a italiana a partir de 15 de junho e o prazo para a extradi��o � de 20 dias. Chegando ao Pa�s, ele ser� levado para cumprir a pena no pres�dio da Papuda, em Bras�lia, mesmo local em que ficaram presos outros condenados no mensal�o, como Jos� Dirceu e Jos� Genoino.
Uma ala do pres�dio passou por reforma na gest�o do ex-governador petista Agnelo Queiroz e conta com privil�gios que outros presos n�o t�m, como banheiro reservado com �gua quente. Pizzolato dever� ficar preso sozinho numa cela.
A PF avalia a hip�tese de buscar Pizzolato em avi�o comercial, mas essa decis�o ainda ser� tomada. Com dupla cidadania, Pizzolato fugiu para a It�lia pouco antes de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e 7 meses de pris�o por corrup��o passiva, peculato e lavagem de dinheiro no caso do mensal�o. Ele teria simulado empr�stimos para lavar dinheiro do esquema de compra de apoio pol�tico para o governo do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Pizzolato sempre negou as acusa��es e se diz um preso pol�tico, vers�o n�o aceita na It�lia.
Pizzolato foi capturado em Maranello, no norte da It�lia, em fevereiro de 2014, e desde ent�o passou quase 1 ano na penitenci�ria de Modena aguardando o processo de extradi��o, acusado de ingressar no pa�s com documentos falsos de um irm�o morto. Esse tempo ser� descontado da pena no Brasil.