
O tesoureiro nacional do PT, M�rcio Mac�do, defendeu nesta sexta-feira, que diret�rios do partido que ainda carreguem d�vidas de campanha do ano passado possam receber doa��es empresariais para quit�-las. Apesar de n�o admitir o uso do termo, seria uma exce��o � resolu��o do partido em vigor desde abril que proibiu as doa��es empresariais a diret�rios do PT.
"N�o estamos falando de exce��o, estamos falando de um processo que j� existe, foram d�vidas contra�das nesse regra e que ela possa ser paga na regra que est� a� at� zerar", disse a jornalistas o tesoureiro - que assumiu o posto ap�s a pris�o de Jo�o Vaccari na opera��o Lava Jato. A ideia tamb�m vem sendo defendida pelo presidente do diret�rio de S�o Paulo, Em�dio de Souza. O diret�rio estadual � um dos mais endividados, no vermelho em R$ 55 milh�es ainda referentes � campanha de Alexandre Padilha ao Pal�cio dos Bandeirantes.
Mac�do ressaltou que estava dando uma opini�o "de ordem pessoal" e que a quest�o ainda seria apreciada pelo congresso da legenda, que acontece na capital baiana at� amanh�. Mac�do tamb�m se disse favor�vel ao que vem sendo defendido pelo presidente nacional do PT, Rui Falc�o, de manter a resolu��o de abril at� a pr�xima reuni�o do diret�rio nacional.
"Defendendo que o PT deve aguardar a defini��o do marco regulat�rio do Pa�s e a partir da� o diret�rio nacional delibere definitivamente sobre o assunto", afirmou.
Apesar da posi��o, tanto Mac�do como Falc�o t�m dado declara��es pouco precisas desde a divulga��o da resolu��o proibindo as doa��es empresariais, em abril. Diret�rios estaduais foram contr�rios � medida por estarem com os caixas comprometidos com d�vidas de campanha. Mac�do disse hoje que a decis�o do partido de n�o receber financiamento de pessoas jur�dicas s� se aplica ao diret�rio nacional. Dirigentes j� disseram em outras ocasi�es que a regra se aplicava a diret�rios estaduais e nacional e at� mesmo a diret�rios municipais.
Quando do an�ncio, em abril, Falc�o disse que a decis�o se aplicava a todo o partido, atingindo, portanto, todos os diret�rios.
Mac�do disse aos jornalistas nesta sexta-feira que, apesar dessas posi��es, o PT continuar� "resistindo na C�mara" e defendendo o financiamento p�blico de partidos e campanhas.
O PT acabou pressionado depois que uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma Pol�tica na dire��o contr�ria � sua resolu��o foi aprovada em primeira vota��o na C�mara. O texto da PEC libera as doa��es de empresas a partidos, mas n�o a candidatos. A resolu��o do PT diz justamente o contr�rio, veda os repasses a diret�rios da legenda, mas n�o delibera sobre as doa��es a campanhas.
Plataforma de doa��es
Mac�do participou nesta manh�, ao lado do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, do lan�amento da plataforma online para o PT receber doa��es individuais. Ele informou que o sistema passar� a funcionar "em sua plenitude" a partir de amanh�. Questionado, Mac�do n�o deu uma estimativa de quanto a legenda pode arrecadar atrav�s da ferramenta. "Estou muito esperan�oso de que a base do partido possa ajudar o PT a financiar suas contas e caminhar com as pr�prias pernas. Estamos com expectativa que essa campanha vai ser um sucesso", afirmou.