Bras�lia - A dois dias do prazo final para que a presidente Dilma Rousseff vete ou sancione a emenda que flexibilizou o fator previdenci�rio, a presidente re�ne no Pal�cio do Planalto sua coordena��o pol�tica para debater o tema e as principais vota��es da semana. Participam do encontro com Dilma o vice-presidente, Michel Temer, e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Ricardo Berzoini (Comunica��es), Carlos Gabas (Previd�ncia), Edinho Silva (Comunica��o Social), Eduardo Braga (Minas e Energia), Eliseu Padilha (Avia��o Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Jaques Wagner (Defesa), Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral). Tamb�m est�o presentes os l�deres do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS), na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE), e no Congresso, senador Jos� Pimentel (PT-CE).
Os ministros de Dilma est�o divididos em rela��o ao caminho a ser seguido a respeito do fator previdenci�rio. A equipe econ�mica quer que a presidente vete a emenda, sob o argumento de que sancion�-la enviaria um "sinal trocado" na pol�tica de controle dos gastos p�blicos. Embora a proposta n�o traga grande impacto no curto prazo, c�lculos do governo apontam que, em 10 anos, a conta dever� somar R$ 40 bilh�es.
Esses auxiliares dizem que o melhor � sancionar o texto e em seguida enviar ao Legislativo uma proposta que inclua travas � emenda aprovada pelos parlamentares. A f�rmula votada pelo Congresso permite que a aposentadoria seja integral quando a soma da idade e do tempo de contribui��o atingir 85 anos, para as mulheres, ou 95 anos, para os homens. Uma das ideias discutidas no governo � estabelecer um c�lculo progressivo, pelo qual a f�rmula 85/95 aumentaria de acordo com a evolu��o da expectativa de vida da popula��o.
O tema tem centralizado as aten��es do Planalto. No domingo, 14, houve uma primeira reuni�o com Mercadante, Gabas, Berzoini, Barbosa e Rossetto. Hoje, o ministro da Secretaria-Geral d� prosseguimento �s conversas e se encontra com centrais sindicais, tamb�m no Planalto.
Desonera��o
Nesta semana, Dilma tem ainda pela frente uma vota��o considerada vital para o ajuste fiscal em implementa��o no Pa�s. A C�mara deve analisar um projeto que rev� a pol�tica de desonera��o da folha de pagamentos e n�o h� acordo entre o Planalto e o PMDB sobre o parecer que ser� apreciado.
O relator e l�der do PMDB, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), quer dar um tratamento diferenciado, com al�quotas mais vantajosas a quatro setores econ�micos - comunica��o social, transportes tecnologia da informa��o e cesta b�sica. O governo, por sua vez, recha�a essa possibilidade, sob a justificativa de que isso "abriria a porteira" para novas concess�es.