
� grande as expectativas das centrais sindicais com o encontro que ocorrer� nesta segunda-feira com a presidente Dilma Rousseff, em torno das discuss�es sobre a chamada f�rmula 85/95 para a aposentadoria integral dos trabalhadores. Enquanto aguardam, os l�deres sindicais articulam estrat�gias para impedir que o Executivo vete a medida e n�o descartam a possibilidade de greve geral. Na sexta-feira, as seis maiores centrais do pa�s publicaram nota conjunta pedindo que Dilma n�o vete a f�rmula 85/95. Nesse domingo (14), na tentativa de encontrar uma solu��o para o impasse, se reuniram no Pal�cio do Planalto os ministros da Previd�ncia, Carlos Eduardo Gabas; da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Miguel Rosseto; e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e ainda o secret�rio-executivo do Minist�rio do Planejamento, Dyogo Oliveira.
“N�o abrimos m�o do projeto conforme foi votado no Congresso. N�o vamos arredar p�. Qualquer outra alternativa � inconstitucional e injusta. O trabalhador brasileiro n�o tem culpa de come�ar a trabalhar mais cedo. Estamos indignados e a tend�ncia � que, diante de qualquer mudan�a, explodam paralisa��es em todo o pa�s”, destacou Ricardo Patah, presidente da Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT). Segundo Patah, o governo j� tomou v�rias medidas equivocadas para economizar recursos p�blico. “Agora n�o pode dizer que � por conta do cidad�o que a Previd�ncia Social vai quebrar”, provocou.
“N�o podemos correr o risco de sermos tra�dos de novo. Dilma disse que preservaria direitos e n�o cumpriu a palavra. Se ela vetar, come�aremo uma guerra no Congresso, com um processo contundente de convencimento aos parlamentares. Ser� mais uma derrota do governo”, complementou Miguel Torres, presidente da For�a Sindical. Ele garantiu que mais de 800 pessoas est�o prontas para fazer uma vig�lia na Esplanada dos Minist�rios na ter�a-feira e na quarta-feira, com o objetivo de demonstrar a insatisfa��o com a cl�usula de revis�o da expectativa de vida.
A dois dias do prazo limite para decidir sobre o fim do fator previdenci�rio aprovado pelo Congresso, a presidente Dilma prometeu apresentar nesta segunda-feira aos sindicalistas uma proposta para sistematizar as aposentadorias no pa�s. Cabe ao Executivo sancionar ou vetar at� quarta-feira a f�rmula 85/95. Foram convidadas a Central �nica dos Trabalhadores (CUT), For�a Sindical, Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que fazem parte de um f�rum de discuss�o criado por Dilma na v�spera do Dia do Trabalho.
Pelo que aprovaram os deputados e senadores, o trabalhador brasileiro poder� se aposentar integralmente quando a soma da idade e do tempo de contribui��o previdenci�ria for 85 para mulher e 95 para homem. Na avalia��o do governo, esse formato pode at� provocar uma economia inicial, pois estimularia as pessoas a adiar aposentadoria para receber o valor integral. No longo prazo, por�m, inviabilizaria o sistema previdenci�rio. Como alternativa, o governo da presidente Dilma Rousseff estuda uma proposta de estabelecer idade m�nima para a aposentadoria. Os t�cnicos tamb�m falam em escalonamento da f�rmula 85/95, levando em conta a expectativa de vida da popula��o. A ideia � que os n�meros iniciais sejam ampliados sucessivamente para 86/96, 87/97 e 88/98, na medida em que os segurados forem envelhecendo.
O fator previdenci�rio foi criado em 1999, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e reduz em cerca de 30% o valor das aposentadorias. Este sistema leva em conta a expectativa de sobrevida depois de o pedido de aposentadoria ser feito. A mudan�a foi recentemente aprovada a contragosto do Pal�cio do Planalto em 13 de maio em uma emenda inclu�da na Medida Provis�ria 664, que restringiu a pens�o por morte. O Executivo e o PT pediram v�rias vezes que a proposta fosse rejeitada, mas n�o adiantou. Foram 232 votos favor�veis e 2010 contra. Duas semanas depois, com 50 votos a favor e 18 contr�rios, os senadores mantiveram a decis�o da C�mara. Antes de aprovar a medida, o presidente do Senado Renan Calheiros (MP) avisou que se a presidente Dilma vetar o texto o Legislativo deve derrubar o veto.
(Com ag�ncias)