
O despacho � de 14 de abril. O inqu�rito, sob o qual Moro determinou sigilo "a fim de resguardar a efic�cia das dilig�ncias", apura se Palocci pediu R$ 2 milh�es ao doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato, para a campanha de Dilma Rousseff � Presid�ncia em 2010 - o ex-ministro coordenava a campanha.
O depoimento que cita Palocci foi dado por outro delator, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele declarou que foi procurado por Youssef naquele ano e que o doleiro lhe teria solicitado a quantia alegando que era uma demanda feita pessoalmente por Palocci.
Segundo o ex-diretor, a quantia sairia do "caixa do PP", partido que mantinha o controle da Diretoria de Abastecimento. Youssef, por�m, negou em sua dela��o que tenha procurado o ex-diretor em nome de Palocci e pedido os R$ 2 milh�es.
Em fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki mandou abrir inqu�rito contra 52 pol�ticos citados por Youssef e Costa. As investiga��es sobre alvos que n�o t�m foro privilegiado, como Palocci, foram deslocadas para a 13.ª Vara Criminal da Justi�a Federal no Paran�, base da Lava Jato.
Defesa
O criminalista Jos� Roberto Batochio, que defende o ex-ministro, tem reiterado que Palocci jamais pediu dinheiro para a campanha de 2010. "H� um estranho interesse de se manter esse assunto na berlinda, interesse este que n�o se consegue detectar muito bem qual seja, a n�o ser que haja uma campanha perante a opini�o p�blica, uma atua��o fora dos autos", criticou. "J� fiz cinco peti��es para ter acesso a essas investiga��es, mas eu n�o consigo. A imprensa sabe, mas a defesa n�o sabe."
A assessoria de imprensa de Palocci tratou a not�cia como "factoide" e "informa��o requentada, uma vez que o despacho que a originou � de 14 de abril". "O objeto do inqu�rito � a contradi��o nos depoimentos de dois r�us, um dos quais desmente que Antonio Palocci tenha participa��o em quaisquer irregularidades relativas � Petrobras."