Bras�lia - O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) est� reunido no in�cio da tarde desta ter�a-feira com ministros de Estado e l�deres da base na C�mara dos Deputados para tentar fechar um acordo que possibilite a vota��o do projeto de lei que rev� a pol�tica de desonera��o da folha de pagamentos. Ontem, ap�s um encontro preliminar entre Temer, ministros e o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o titular da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que o Planalto e o PMDB estavam "muito pr�ximos" de um entendimento.
O peemedebista queria que quatro segmentos fossem exclu�dos do alcance do projeto, que foi editado em mar�o e que entre outros pontos aumenta as al�quotas de recolhimento das empresas inclu�das no regime especial de tributa��o de 1% para 2,5%, principalmente para a ind�stria, e de 2% para 4,5%, para servi�os. Ap�s as conversas, no entanto, fontes informaram que o relat�rio de Picciani deve manter em situa��o mais vantajosa apenas as �reas de comunica��o social e de transportes, al�m dos call centers. Fora isso, eles n�o devem ficar totalmente preservados do aumento de tributos, mas com uma recomposi��o de al�quota intermedi�ria.
O l�der peemedebista, por outro lado, j� sinalizou que concorda em n�o estabelecer uma data a partir da qual as mudan�as passar�o a valer. Com isso, as novas al�quotas teriam efic�cia a partir do cumprimento da noventena obrigat�ria para mudan�as em legisla��o tribut�ria, o que permitiria ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, obter receitas com o retorno das al�quotas ainda neste ano.
Picciani, que n�o participou da reuni�o de ontem � noite, est� presente ao encontro hoje. Est�o com ele Temer, outros l�deres de bancada na C�mara e os ministros Levy, Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Carlos Gabas (Previd�ncia).
Resist�ncias
O fato de Picciani, fiel escudeiro de Cunha, estar negociando seu relat�rio diretamente com o Planalto irritou integrantes da bancada do PMDB, que agora amea�am votar contra o parecer. O deputado Leonardo Quint�o (PMDB-MG) esteve hoje mais cedo na Vice-Presid�ncia e avisou que n�o aceita que determinados setores sejam beneficiados de forma seletiva e que, caso os termos do parecer de Picciani sejam mantidos, vai organizar um movimento dentro da bancada para derrubar o texto. Segundo ele, o �nico segmento que deveria receber um tratamento diferenciado � o de transportes. "J� dei o recado", disse Quint�o. O Pal�cio do Planalto espera que os acertos costurados entre ontem e hoje viabilizem a an�lise do texto ainda nesta semana.