O nome do doleiro Bernardo Freiburghaus, investigado pela Opera��o Lava-Jato, foi inclu�do na difus�o vermelha da Interpol, a Pol�cia Internacional que mant�m representa��o em 181 pa�ses. A lista vermelha � o alerta m�ximo da Interpol e limita os deslocamentos do alvo. Se ingressar em territ�rio que integra a comunidade policial, ele pode ser imediatamente detido.
Freiburghaus foi um dos alvos da fase da Lava Jato, batizada de Opera��o My Way, que mirou operadora de propinas, e deflagrada no dia 5 de fevereiro. O doleiro foi um dos investigados que teve mandado de condu��o coercitiva decretado pela Justi�a Federal. A Pol�cia Federal esteve nos endere�os indicados nos mandatos, mas n�o encontrou o doleiro nem sua empresa.
"Em rela��o � empresa Odebrecht, o operador desde muito j� � identificado, � o Bernardo Freiburghaus. Infelizmente, ele saiu do Pa�s e se encontra na Su��a. N�o houve tempo h�bil para que as investiga��es chegassem ao nome dele antes de ele sair do Pa�s", afirmou o procurador Carlos Fernando Lima, da for�a-tarefa da Lava Jato, opera��o que investiga um esquema de corrup��o e propinas instalado na Petrobras.
"N�s temos profissionais no Brasil, hoje, de lavagem de dinheiro. Pessoas que oferecem esses servi�os. N�s temos diversas empresas e essas empresas t�m suas pessoas de confian�a. Podemos dizer que Bernardo Freibughaus fazia esse trabalho para a Odebrecht. Assim como o Alberto Youssef fazia para a Camargo Corr�a. Ou o Fernando Baiano faz para a Andrade Gutierrez. Isso � uma quest�o pura e simples negocial, mesmo no mundo do crime, � uma quest�o pura e simples de neg�cio."
O doleiro � dono da empresa Diagonal Investimentos, com sede do Rio. Na peti��o entregue � Pol�cia Federal no dia 13 de fevereiro e anexada aos autos da Lava Jato, a defesa do doleiro havia informado que ele morava em Genebra, na Su��a, e iria demonstrar "oportunamente que nenhuma ilegalidade praticou".
"O operador por ela (Odebrecht) contratado para o repasse da propina e lavagem de dinheiro, Bernardo Schiller Freiburghaus, destru�a as provas das movimenta��es das contas no exterior t�o logo efetuadas e, j� no curso das investiga��es, deixou o Brasil, refugiando-se no exterior, com isso, prejudicando a investiga��o em rela��o as condutas que teria praticado para a Odebrecht", afirmou Moro, em decis�o que decretou a pris�o dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez e mais 10 executivos.
No fim de fevereiro deste ano, Freibughaus estava vivendo em um dos endere�os de maior prest�gio de Genebra, perto dos bancos J. Safra, HSBC, Citibank ou Credit Suisse e �s margens do Rio R�dano. Segundo a imobili�ria Grange, que se ocupa do apartamento do operador, o endere�o estava avaliado em 3,5 milh�es de francos, cerca de R$ 10,6 milh�es.
O endere�o de Genebra aparece em carta assinada por sua advogada, Fernanda Silva Telles, endere�ada � Pol�cia Federal do Paran�. No documento, Freiburghaus se apresenta como "su��o", "economista" e "residente e domiciliado" no pa�s europeu.
Defesa
A Construtora Norberto Odebrecht (CNO) confirmou a opera��o da Pol�cia Federal em seu escrit�rio em S�o Paulo e no Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreens�o. "Como � de conhecimento p�blico, a CNO entende que estes mandados s�o desnecess�rios, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o in�cio da opera��o Lava-Jato, sempre estiveram � disposi��o das autoridades para colaborar com as investiga��es".