O empres�rio Jos� Batista Junior, que at� 2010 era s�cio da Friboi, maior frigor�fico do mundo, foi expulso do PMDB por decis�o do diret�rio do partido em Goi�s. O conselho de �tica decidiu nesta segunda-feira, 22, por 4 votos a 2, pela sa�da dele da sigla. Um dos motivos foi uma carta na qual Junior Friboi, como � conhecido, afirmou que "as urnas entenderam que o Marconi (Perillo) era melhor para ganhar". Para os peemedebistas, a declara��o significou apoio � candidatura de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goi�s em 2014 em detrimento do candidato do partido, o ex-governador Iris Rezende, que terminou derrotado pela terceira vez.
Al�m do apoio a candidato de outro partido, ele tamb�m foi acusado de: ser dono de uma empresa monopolista do mercado de prote�na animal, causando dissabores aos pecuaristas do Pa�s; deixar de comparecer �s reuni�es do partido, atividades e campanhas pol�ticas; n�o obedecer �s delibera��es partid�rias; causar preju�zo ao povo goiano, j� que a JBS, empresa da qual seria s�cio, cometeu sonega��o fiscal; praticar graves ofensas contra dirigentes partid�rios ou detentores de mandato eletivo; apoiar o candidato advers�rio e contrariar princ�pios b�sicos do programa do PMDB e praticar trai��o ao partido, tornar p�blicas diverg�ncias internas e usar pessoas como objeto, desrespeitando sua dignidade.
Sobre a filia��o e a conduta da JBS, a defesa justifica que J�nior Friboi foi recebido com festa pelo partido em evento marcado pela presen�a dos mais destacados membros, entre eles o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, deputados, prefeitos, vereadores e dirigentes partid�rios. "Meu cliente se desligou completamente das atividades da JBS em 2010, anos antes de sua filia��o ao PMDB, e a empresa � estranha ao processo. Associar a gest�o da empresa � sua conduta pol�tica e �s normas do partido � no m�nimo absurdo. Ademais, poderia uma pessoa jur�dica filiar-se a um partido pol�tico? Sabemos muito bem que n�o", afirma Melazzo.
Quanto �s acusa��es de aus�ncias ou omiss�o dos eventos ou delibera��es partid�rias, a defesa questiona a aus�ncia de provas. Conforme a defesa, n�o existem declara��es, imagens ou testemunhas de que J�nior Friboi pediu votos para o candidato advers�rio, ofendeu correligion�rios ou deixou de apoiar colegas partid�rios. "A mencionada carta em que comprovaria que meu cliente fez campanha para candidato de outro partido, s� o que diz � que ele � o melhor para Goi�s, conforme comprovado nas urnas, mas que seguiria apoiando seu partido, o PMDB, como de fato o fez", observa Melazzo.
Em sua manifesta��o escrita, Felipe Melazzo cita que 17 prefeitos do PMDB declararam apoio ao candidato do PSDB. "Em todos esses casos nenhum filiado sofreu a san��o que o representante pleiteia para o representado, que sequer praticou os atos acima citados. Nitidamente, h� um contra senso. H� dois pesos e duas medidas. O que, sabemos, n�o � pr�tica aceit�vel por este partido de grandes feitos".