A contadora Meire Pozza, que trabalhou para o doleiro Alberto Youssef - pe�a central da Opera��o Lava-Jato-, declarou � Justi�a Federal que entregou dinheiro em esp�cie para o ent�o deputado Luiz Arg�lo (SD/BA) - atualmente preso em Curitiba, base da investiga��o sobre corrup��o e propinas na Petrobras.
O depoimento de Meire ocorreu nesta ter�a-feira, 23, na Justi�a Federal no Paran�. Ela dep�s como testemunha da acusa��o em dois processos contra Luiz Arg�lo e contra o ex-deputado Pedro Corr�a (PP/PE), que tamb�m est� preso. Os ex-parlamentares s�o acusados de receberem propinas do esquema de corrup��o que se instalou na Petrobras.
Meire trabalhou para o doleiro. Ela contou que, al�m de Arg�lo, viu no escrit�rio de Youssef outros pol�ticos.
Um procurador da Rep�blica indagou de Meire o que os pol�ticos iam fazer no escrit�rio do doleiro. "S� posso lhe dizer em rela��o ao ex-deputado Luiz Arg�lo porque presenciei ele indo pr� buscar dinheiro.
Os outros realmente n�o sei dizer. Vi Luiz Arg�lo em algumas ocasi�es. N�o sei precisar a �poca, acredito que a �ltima vez foi no come�o de 2014, ver�o de 2014, mas eu n�o me lembro exatamente."
O procurador quis saber quando foi a primeira vez que a testemunha viu o ent�o deputado na sede da GFD de Youssef. "O ano, com certeza, foi 2013 porque antes disso Alberto ficava num outro escrit�rio. Eu fui pouqu�ssimas vezes no outro escrit�rio."
"Chegou a conversar com o deputado Luiz Arg�lo?"
"Sim, em algumas ocasi�es sim."
"Como a sra. sabe que ele foi buscar dinheiro?"
"Porque houve uma ocasi�o que ele estava l� e eu ia levar dinheiro para o Alberto. Ele estava l� aguardando esse dinheiro. Ent�o, o Alberto me falou isso, '� voc� tem que trazer, ele est� aqui aguardando dinheiro'".
Meire Pozza relatou que, em certa ocasi�o, Arg�lo estava aguardando, mas o dinheiro n�o entrou "e ele teve que ficar em S�o Paulo para ir embora s� no dia seguinte."
Ao ser perguntada sobre quanto foi repassado ao ex-parlamentar, a contadora disse 'n�o se recordar'. "N�o me recordo o valor, aproximadamente pelo que me consta eram R$ 300 mil. Eu acho que era R$ 300 mil na ocasi�o."