
Em mais um ataque contra o PT, partido da presidente Dilma Rousseff, o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta sexta-feira, que a coaliz�o entre as legendas "est� no CTI (Centro de Terapia Intensiva)". Diante da situa��o, o parlamentar voltou a defender uma candidatura pr�pria peemedebista � Presid�ncia nas elei��es de 2018.
"A coaliz�o est� no CTI. (...) Acho muito pouco prov�vel que voc� consiga manter qualquer tipo de coaliz�o com o PT na pr�xima elei��o", disse Cunha em entrevista coletiva a jornalistas internacionais no Rio. Para o deputado, o fato de o PMDB n�o apresentar candidato a presidente h� 20 anos � um problema.
"O PMDB tem que apresentar (candidato). At� porque o processo pol�tico tem que ser debatido na elei��o. As nossas diverg�ncias t�m que ser mostradas. Os nossos projetos, aquilo que a gente pensa do Pa�s tem que ser do conhecimento da popula��o", afirmou.
O presidente da C�mara citou ainda o ditado que diz que "partido que n�o joga n�o ganha". "Se o Flamengo passar 20 anos sem jogar no Maracan� e eu n�o vir o Flamengo jogar, n�o vou torcer para ele".
Cunha evitou falar o nome do poss�vel candidato peemedebista � Presid�ncia e desconversou sobre a possibilidade de assumir o posto. "No momento certo, o PMDB saber� buscar dentro dos seus quadros a constru��o de uma candidatura que tenha condi��es de disputar o processo pol�tico", disse, enfatizando que ele hoje ocupa a Presid�ncia da C�mara.
"Quem fica ref�m de ambi��es futuras perde a condi��o do exerc�cio pleno da atividade a qual ele se prop�e a exercer. O meu compromisso � com o exerc�cio da presid�ncia da C�mara", afirmou.
O parlamentar tamb�m criticou a posi��o do governo durante a vota��o da reforma pol�tica. "A presidente (Dilma Rousseff), no seu primeiro pronunciamento ap�s a reelei��o, disse que a prioridade era a reforma pol�tica, citando o plebiscito. E o que fizeram esses agentes que defenderam a reforma pol�tica? Se esconderam na hora de votar. N�o vi uma palavra do governo ou da presidente sobre a reforma pol�tica votada", disse.
O presidente da C�mara afirmou que o Pa�s vive uma "crise do presidencialismo" e que o PT "n�o tem condi��o de governar sozinho". "N�s n�o temos o presidencialismo de coaliz�o, temos o presidencialismo de coopta��o. Aqueles que s�o eventualmente cooptados, desistem da coopta��o", disse.
Apesar das cr�ticas ao governo e � presidente Dilma, Cunha voltou a refutar a abertura de um processo de impeachment. Segundo ele, 2015 iniciou um novo mandato, e at� o momento n�o se tem nenhuma prova de crime de responsabilidade cometido no novo per�odo, quesito necess�rio para um impeachment.
"(O impeachment) N�o pode ser tratado porque voc� votou na presidente e voc� n�o gosta mais da presidente, se arrependeu do seu voto ou porque seu voto n�o foi o vencedor. Ele tem que ser tratado de forma que o Brasil n�o � uma republiqueta, n�o vai ser uma republiqueta", afirmou Cunha.
O presidente da C�mara reconheceu ainda que n�o � uma "unanimidade" entre os brasileiros. Mas garantiu que ainda � mais popular que Dilma, que teve a avalia��o como bom ou �timo mais baixa desde o per�odo Collor. "Meu �ndice de �timo e bom � 70% maior do que o da presidente da Rep�blica, ent�o pelo menos ela est� mais odiada que eu."