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Estado de Minas

Empreiteira repassou R$ 3,5 milh�es para consultor ligado a Collor


postado em 28/06/2015 06:00 / atualizado em 28/06/2015 08:19

Há 13 meses, Fernando Collor se recusa a explicar os depósitos feitos pelo doleiro Yopussef em sua conta(foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado )
H� 13 meses, Fernando Collor se recusa a explicar os dep�sitos feitos pelo doleiro Yopussef em sua conta (foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado )

Curitiba – A empreiteira Camargo Corr�a repassou, sem explica��o, R$ 3,5 milh�es � empresa de um consultor ligado ao senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), a Globalbank Assessoria. Ao todo, firmas controladas por Pedro Paulo Leoni Ramos, o “PP”, repassaram R$ 2,9 milh�es para a contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Bonfim Poza, que emitiu notas frias para justificar o fluxo do dinheiro. Dos valores recebidos por Meire, um deles chegou �s suas m�os dois dias depois de a Camargo Corr�a ter pago a segunda parcela para a empresa de “PP”.

Laudo cont�bil da Pol�cia Federal identificou R$ 154 milh�es pagos pela empreiteira a mais de 40 pessoas jur�dicas a t�tulo de consultoria. Entre os destinat�rios do dinheiro, est�o a empresa de palestras e o instituto do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e as firmas de consultoria do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Os pagamentos feitos � consultoria de Pedro Paulo Leoni foram feitos em duas parcelas. De acordo com a Pol�cia Federal, a primeira foi paga em 2009. A segunda, em 17 de dezembro de 2012, no valor de R$ 1,75 milh�o. Dois dias depois, Meire emitiu uma nota fria da Arbor Cont�bil para a Globalbank, forjando tratar-se de “servi�os de assessoria e consultoria”. Em contrapartida, ela recebeu R$ 729 mil. A opera��o foi ordenada pelo doleiro Alberto Youssef. Meire sacou o dinheiro e entregou ao doleiro, de acordo com depoimento do operador da Lava-Jato que consta no inqu�rito contra Collor no Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante depoimento em 11 de mar�o, Youssef afirmou ter recebido orienta��o de “PP” para fazer pagamentos ao senador por Alagoas. “Fiz v�rios dep�sitos ao Fernando Collor”, confirmou operador, em depoimento prestado na Superintend�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba. Alguns pagamentos teriam sido feitos na conta banc�ria do pr�prio senador. H� 13 meses, ele se recusa a explicar o motivo da opera��o financeira. Os pagamentos foram feitos antes e depois de uma negocia��o de postos de combust�veis entre “PP” e a BR Distribuidora, subsidi�ria da Petrobras onde Collor tem afilhados pol�ticos.

O doleiro tamb�m afirmou que alguns repasses iam para o pr�prio Pedro Paulo, em esp�cie. “Pedro Paulo necessitava de dinheiro em esp�cie e para isto necessitava que o declarante emitisse notas em face das empresas dele”, explicou Youssef. Parte desses pagamentos foi feita com base nas notas frias emitidas por Meire Poza, disse o doleiro.

OUTRO LADO Procurada, a Camargo Corr�a silenciou e n�o explicou � reportagem qual o servi�o prestado pela Globalbank. O ex-ministro e amigo de Collor tamb�m n�o esclareceu qual foi o servi�o prestado para o pagamento de R$ 3,5 milh�es. “Pedro Paulo Leoni Ramos n�o vai se manifestar e informa que est� � disposi��o das autoridades para todos os esclarecimentos necess�rios”, disse sua assessoria ao jornal. Collor n�o explicou as opera��es, embora j� tenha negado a pr�tica de irregularidades investigadas na Lava-Jato. O senador tamb�m � citado pelo presidente da UTC, Ricardo Pessoa, em dela��o premiada, como benefici�rio de doa��es de campanha no valor de R$ 20 milh�es, o maior montante entre todos os listados pelo empreiteiro.

O jornal questionou o advogado de Youssef, Ant�nio Figueiredo Basto, para esclarecer exatamente o destinat�rio final do dinheiro das notas frias emitidas para “PP” e a rela��o com os pagamentos da Camargo Corr�a. At� o fechamento dessa reportagem, o advogado n�o havia conseguido informa��es com seu cliente, preso na carceragem da PF em Curitiba. Meire Poza reafirmou seus depoimentos � Justi�a, segundo os quais todas as notas emitidas para as empresas de “PP” eram frias: o dinheiro foi entregue em esp�cie nas m�os de Youssef.


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