Com lugar garantido entre as empresas que mais recebem repasses do governo federal, as maiores empreiteiras do Brasil movimentaram nos �ltimos 10 anos um mercado bilion�rio para a execu��o de obras de infraestrutura. Nesse per�odo, os nomes pouco variam. Levantamento feito pelo Estado de Minas no Portal da Transpar�ncia, com os repasses da Uni�o para o setor privado desde 2006, mostra, por�m, que esc�ndalos como o esquema de corrup��o do bicheiro Carlinhos Cachoeira e, agora, o de desvios de recursos da Petrobras, afetam diretamente o ranking das empreiteiras que mais recebem repasses federais.
Nos cinco primeiros meses de 2015, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, esta tamb�m alvo da 14ª etapa da Lava-Jato, receberam R$ 219 milh�es da Uni�o. As empresas tocam v�rios tipos de obras, desde ferrovias at� a implanta��o de um estaleiro naval para a constru��o de submarinos nucleares. O montante repassado para a Odebrecht atingiu R$ 197,5 milh�es, sendo a maior parte referente a gastos do Minist�rio da Defesa, destinados � constru��o da base naval em Itagua�, no litoral fluminense.
J� a Andrade Gutierrez recebeu, at� junho, R$ 21,5 milh�es para a constru��o da ferrovia de integra��o Leste-Oeste, empreendimento que ligar� os munic�pios de Ilh�us e Caetit�, na Bahia. Os recursos envolvem a execu��o de obras de engenharia e servi�os como desapropria��es, garantias ambientais e a��es de preserva��o de s�tios arqueol�gicos. A obra foi planejada para proporcionar uma via de escoamento para a produ��o da regi�o e integrar o transporte ferrovi�rio com outros modais.
No ano passado, a Odebrecht foi a terceira empresa que mais teve contratos assinados com o governo federal – R$ 1,130 bilh�o em a��es de infraestrutura. Atr�s apenas do Ita� Unibanco, que recebeu R$ 1,213 bilh�o, e da Embraer, com R$ 1,134 bilh�o.
SUSPENS�O Este ano, as empreiteiras investigadas na Opera��o Lava-jato devem amargar uma redu��o significativa dos seus contratos com a Uni�o. Isso porque, no final de 2014, a Petrobras anunciou que as 23 empresas citadas pela Pol�cia Federal no suposto esquema de cartel para vencer licita��es da estatal est�o temporariamente impedidas de disputar novos contratos.
Al�m da Odebrecht e Andrade Gutierrez, foram bloqueadas as construtoras Camargo Corr�a, Egesa, Engevix, Galv�o Engenharia, Iesa, Jaragu� Equipamentos, Mendes J�nior, OAS, Queiroz Galv�o, MPE, GDK, Promon, Fidens, Construcap, Carioca Engenharia, Setal, Alusa, Techint, Tom� Engenharia e Skanska. Todas elas citadas em acordo de dela��o premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, operador do esquema. Segundo a estatal, o bloqueio n�o implica paralisa��o ou rescis�o de contratos vigentes, que ultrapassam a R$ 70 bilh�es.
FORA DA BRIGA Entre 2007 e 2011 a Delta Constru��es era a empresa que mais firmava contratos com o governo federal no setor de obras p�blicas. Por tr�s anos, entre 2009 e 2011, consecutivos foi a empreiteira que mais recebeu repasses da Uni�o. Em 2012, a Delta abandonou as disputas por licita��es p�blicas ap�s a deflagra��o da Opera��o Monte Carlo. Membros da diretoria da empreiteira foram citados como integrantes do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que acumulava neg�cios no mundo da jogatina e negociava com �rg�os p�blicos indica��es para cargos comissionados.
No mesmo ano, a empresa foi tamb�m investigada na Opera��o M�o Dupla, que desvendou irregularidades em contratos da Delta com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em junho de 2012, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU), Jorge Hage, declarou a construtora Delta inid�nea, impedindo a empresa de firmar novos contratos com a administra��o p�blica.
Entre 2006 e 2011, quando ocupava a lideran�a entre as construtoras que mais recebiam repasses federais, a Delta recebeu R$ 3,4 bilh�es da Uni�o. Em 2012, ano em que o esquema veio � tona, a empresa caiu para a oitava posi��o no ranking, perdendo lugar para a Queiroz Galv�o, que naquele ano recebeu R$ 518,9 milh�es, e Odebrecht, que recebeu R$ 1,135 bilh�o – foi a primeira vez que uma empresa ultrapassou a marca de R$ 1 bilh�o em repasses da Uni�o. No ano passado, j� em processo de recupera��o judicial, a Delta ficou de fora das 80 empresas com os maiores repasses dos cofres p�blicos.
Nos cinco primeiros meses de 2015, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, esta tamb�m alvo da 14ª etapa da Lava-Jato, receberam R$ 219 milh�es da Uni�o. As empresas tocam v�rios tipos de obras, desde ferrovias at� a implanta��o de um estaleiro naval para a constru��o de submarinos nucleares. O montante repassado para a Odebrecht atingiu R$ 197,5 milh�es, sendo a maior parte referente a gastos do Minist�rio da Defesa, destinados � constru��o da base naval em Itagua�, no litoral fluminense.
J� a Andrade Gutierrez recebeu, at� junho, R$ 21,5 milh�es para a constru��o da ferrovia de integra��o Leste-Oeste, empreendimento que ligar� os munic�pios de Ilh�us e Caetit�, na Bahia. Os recursos envolvem a execu��o de obras de engenharia e servi�os como desapropria��es, garantias ambientais e a��es de preserva��o de s�tios arqueol�gicos. A obra foi planejada para proporcionar uma via de escoamento para a produ��o da regi�o e integrar o transporte ferrovi�rio com outros modais.
No ano passado, a Odebrecht foi a terceira empresa que mais teve contratos assinados com o governo federal – R$ 1,130 bilh�o em a��es de infraestrutura. Atr�s apenas do Ita� Unibanco, que recebeu R$ 1,213 bilh�o, e da Embraer, com R$ 1,134 bilh�o.
SUSPENS�O Este ano, as empreiteiras investigadas na Opera��o Lava-jato devem amargar uma redu��o significativa dos seus contratos com a Uni�o. Isso porque, no final de 2014, a Petrobras anunciou que as 23 empresas citadas pela Pol�cia Federal no suposto esquema de cartel para vencer licita��es da estatal est�o temporariamente impedidas de disputar novos contratos.
Al�m da Odebrecht e Andrade Gutierrez, foram bloqueadas as construtoras Camargo Corr�a, Egesa, Engevix, Galv�o Engenharia, Iesa, Jaragu� Equipamentos, Mendes J�nior, OAS, Queiroz Galv�o, MPE, GDK, Promon, Fidens, Construcap, Carioca Engenharia, Setal, Alusa, Techint, Tom� Engenharia e Skanska. Todas elas citadas em acordo de dela��o premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, operador do esquema. Segundo a estatal, o bloqueio n�o implica paralisa��o ou rescis�o de contratos vigentes, que ultrapassam a R$ 70 bilh�es.
FORA DA BRIGA Entre 2007 e 2011 a Delta Constru��es era a empresa que mais firmava contratos com o governo federal no setor de obras p�blicas. Por tr�s anos, entre 2009 e 2011, consecutivos foi a empreiteira que mais recebeu repasses da Uni�o. Em 2012, a Delta abandonou as disputas por licita��es p�blicas ap�s a deflagra��o da Opera��o Monte Carlo. Membros da diretoria da empreiteira foram citados como integrantes do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que acumulava neg�cios no mundo da jogatina e negociava com �rg�os p�blicos indica��es para cargos comissionados.
No mesmo ano, a empresa foi tamb�m investigada na Opera��o M�o Dupla, que desvendou irregularidades em contratos da Delta com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em junho de 2012, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU), Jorge Hage, declarou a construtora Delta inid�nea, impedindo a empresa de firmar novos contratos com a administra��o p�blica.
Entre 2006 e 2011, quando ocupava a lideran�a entre as construtoras que mais recebiam repasses federais, a Delta recebeu R$ 3,4 bilh�es da Uni�o. Em 2012, ano em que o esquema veio � tona, a empresa caiu para a oitava posi��o no ranking, perdendo lugar para a Queiroz Galv�o, que naquele ano recebeu R$ 518,9 milh�es, e Odebrecht, que recebeu R$ 1,135 bilh�o – foi a primeira vez que uma empresa ultrapassou a marca de R$ 1 bilh�o em repasses da Uni�o. No ano passado, j� em processo de recupera��o judicial, a Delta ficou de fora das 80 empresas com os maiores repasses dos cofres p�blicos.