
O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda feira, 29, em Manaus, que a alian�a do PT com o PMDB "est� na CTI" e que � preciso ver se � poss�vel "sobreviver" dessa forma. Ele ressaltou, por�m, que o partido n�o vai tirar o apoio � presidente Dilma Rousseff "simplesmente por disputas menores".
"Eu costumo dizer que o PMDB n�o repetir� esta alian�a em 2018. Esta � uma decis�o praticamente tomada por todos n�s. O que se discute � a manuten��o presente, e seria uma irresponsabilidade muito grande discutir agora um fim de alian�a agora no governo ao qual o PMDB faz parte e se elegeu junto. � preciso ter cautela. N�s n�o vamos tirar a governabilidade do governo simplesmente por disputas menores. Mas a nossa alian�a est� no CTI, vamos ver se a gente consegue sobreviver no CTI", disse.
Cunha afirmou desconhecer o conte�do da dela��o premiada do ex-presidente da empresa UTC, Ricardo Pessoa, e que por isso n�o iria se manifestar sobre o assunto. "Eu n�o vou comentar o que eu n�o li e aquilo que trata dos outros. E a dela��o sempre tem que ser vista em seu contexto, ent�o, como eu n�o conhe�o, n�o vou comentar", disse.
Sobre a possibilidade de impeachment da presidente diante das novas den�ncias apresentadas na dela��o de Pessoa, o presidente da C�mara afirmou que a quest�o deve ser tratada sob a �tica constitucional. "Tem que haver os motivos previstos na Constitui��o. E n�o se trata �nica e exclusivamente como recurso eleitoral", afirmou.
Maioridade
O deputado est� na capital do Amazonas, onde promove o programa C�mara Itinerante na Assembleia Legislativa do Estado. Manifestantes contra a redu��o da maioridade penal foram barrados e n�o puderam participar da discuss�o. Cunha negou tenha sido respons�vel pela proibi��o da entrada dos manifestantes e disse n�o ter problemas com protestos. "Todas as manifesta��es contra mim foram comandados pelo PT e pela CUT, ent�o eu n�o vejo problema nenhum em ter alvo de protesto do PT. At� fico lisonjeado pelos protestos do PT, quando o PT me aplaudir � que vou ficar preocupado", afirmou.
Cunha tamb�m defendeu que a contribui��o sindical seja volunt�ria e n�o mais obrigat�ria, como � atualmente. "Quando houve a discuss�o sobre a terceiriza��o, houve grita de muitos sindicatos. N�o teve briga por direito nenhum, o que tem e briga pela contribui��o sindical que, n�s, com tempo, vamos acabar. Vamos resolver quando transformarmos esta contribui��o como volunt�ria deixar de ser compuls�ria como e hoje", afirmou.
Em seu discurso, Cunha se disse favor�vel ainda � exist�ncia de uma janela de seis meses antes das elei��es para que os pol�ticos possam mudar de partido. Atualmente,o prazo de fidelidade partid�ria � de um ano antes das elei��es.