
O lobista Milton Pascowitch, novo delator da Opera��o Lava-Jato, detalhou suas liga��es com Jos� Dirceu, ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, em acordo de dela��o premiada fechado com a Procuradoria. Para a for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, as revela��es de Pascowitch s�o importantes para definir as pr�ximas linhas da investiga��o sobre o ex-ministro.Em troca da dela��o, na segunda-feira, Pascowitch deixou a Cust�dia da Pol�cia Federal em Curitiba (PR), base da Lava-Jato, ap�s 39 dias preso. O juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Lava-Jato, homologou a colabora��o e autorizou pris�o domiciliar para Pascowitch, monitorado com tornozeleira eletr�nica - a exemplo de alguns dos principais empreiteiros do pa�s tamb�m alvos da investiga��o sobre corrup��o e cartel na Petrobras.
Pascowitch � suspeito de operar propina para a empreiteira Engevix. Seu elo com o PT e com o ex-ministro Dirceu s�o pe�as centrais da dela��o que ele acaba de fechar com a for�a-tarefa da Lava-Jato.
Os investigadores insistiram, nas audi�ncias com o novo delator, em esmiu�ar as rela��es da empresa de Pascowitch com a JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro em sociedade com um irm�o, que � advogado, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. A JD, segundo o criminalista Roberto Podval, defensor de Dirceu, j� encerrou suas atividades.
A PF suspeita de lavagem de dinheiro na compra da casa onde funcionou a JD Assessoria. A JD, segundo investigadores, teria captado propinas de empresas do cartel da Petrobras por meio de contratos fict�cios. Dirceu, por sua assessoria, nega taxativamente irregularidades no neg�cio.
Os investigadores identificaram que Pascowitch pagou R$ 400 mil do im�vel comprado pelo ex-ministro, em 2012, onde funcionou a sede da empresa de consultoria de Dirceu em S�o Paulo.
Ao todo, uma das empresas de Pascowitch, a Jamp Engenheiros Associados, pagou R$ 1,4 milh�o para o ex-ministro entre 2011 e 2012, por supostas consultorias prestadas para a Engevix, no exterior.