Curitiba - O procurador da Rep�blica Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, disse que existem 'fartos indicativos' de pagamento de propinas para o ex-diretor de Internacional da Petrobr�s, Jorge Luiz Zelada, preso nesta quinta-feira, 2, no Rio.
Zelada � o alvo da 15ª fase da Lava Jato, denominada Conex�o M�naco, refer�ncia ao para�so fiscal onde o ex-diretor mantinha quase onze milh�es de euros em contas secretas. Em rela��o aos supostos objetos de corrup��o envolvendo Zelada, o procurador da Rep�blica disse: "Temos algumas sondas espec�ficas que a pr�pria Petrobr�s j� indicou que o contrato possui uma s�rie de irregularidades, singularidades que favoreciam extremamente a parte que estava contratando com a Petrobr�s."
Duas contrata��es que o Minist�rio P�blico Federal menciona no pedido de pris�o de Zelada s�o as dos navios-sondas Pride, em 2008, e Titanium Explorer, em 2009, via Diretoria Internacional. Pesa ainda contra o ex-diretor a suspeita de recebimento de propina referente a contratos de refinarias e gasodutos na Diretoria de Servi�os.
"Temos um modelo de corrup��o dentro da Petrobr�s que ela se institucionalizou no que eles chamam de 'Casa'. Uma divis�o de propina muitas vezes pela simples celebra��o de neg�cios, como se fosse uma corretagem", relatou o procurador.
Dentro dessa frente, Zelada j� era alvo das apura��es desde que seu nome foi citado por dois delatores, entre eles o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco - bra�o direito do ex-diretor da �rea de Servi�os, Renato Duque, cota do PT na estatal.
Para o MPF e a Pol�cia Federal, um dos indicativos de necessidade de pris�o preventiva de Zelada foram as transfer�ncias feitas por ele de valores n�o declarados ao Fisco brasileiro da Su��a para o Principado de M�naco, e de M�naco para a China, ocorridas em 2014.
"� um dos motivos da pris�o. N�o s� porque indica a continuidade do crime dede lavagem de dinheiro como tentativa de prote��o desse valores de tentar impedir que a Justi�a alcance."