O ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, foi transferido nesta quinta-deira � tarde para a Superintend�ncia da Pol�cia Federal (PF) em Curitiba, onde permanecer� � disposi��o da Justi�a Federal. Zelada foi preso pela manh�, no Rio de Janeiro, durante a 15ª fase da Opera��o Lava-Jato, denominada Opera��o M�naco. Ele foi citado por delatores presos nas fases anteriores da opera��o.
“O decreto faz refer�ncia, por exemplo, a um relat�rio da Ouvidoria da Petrobras. N�o tive acesso a ele. O juiz faz refer�ncia a alguns documentos que o escrit�rio n�o teve acesso. S� poderemos entrar com o habeas corpus depois de ter acesso a toda documenta��o”, explicou.
O advogado afirmou que o acesso aos autos � um direito do preso. Segundo ele, a defesa tem de ter total acesso para poder rebater. "Com certeza, faz parte dos autos do inqu�rito policial este procedimento. � direito de defesa. O advogado tem de ter acesso integral.”
Eduardo de Moraes criticou a pris�o preventiva de Zelada. Para o advogado, no curso de um processo ou de um inqu�rito, a pris�o tem de ser decretada se houver necessidade. Destacou que esses casos s�o quando a pessoa em liberdade pode oferecer risco � sociedade, se negarr � aplica��o da lei penal ou comprometer a instru��o criminal. "Tem de ter um motivo para a pessoa ser presa. No caso do Jorge Zelada, n�o h� motivo algum.”
O advogado acrescentou que Zelada foi preso em casa, depois do nome dele ser veiculado pela imprensa por tr�s meses. “Mesmo assim, ele n�o alterou o dia a dia. Estava em casa. Foi preso em casa. Ent�o, qual a necessidade de prender uma pessoa que responder� um processo sem oferecer risco � sociedade, � aplica��o da lei penal?”
Moraes negou ainda que o cliente tenha contas no exterior. “Ele jamais foi citado ou intimado a prestar depoimento na Opera��o Lava-Jato. Ele nega esta conta e sequer tinha conhecimento de que seria investigado. Ent�o, porque iria movimentar uma conta no exterior se n�o era investigado?"
De acordo com a Pol�cia Federal, o foco das investiga��es � o recebimento de vantagens il�citas no �mbito da Diretoria da �rea Internacional da Petrobras. Hoje de manh�, a PF cumpriu no Rio de Janeiro um mandado de pris�o na capital fluminense e mais quatro de busca e apreens�o, sendo tr�s no Rio e um em Niter�i, na regi�o metropolitana.
A PF informou que os investigados responder�o pelos crimes de corrup��o, fraude em licita��es, desvio de verbas p�blicas, evas�o de divisas e lavagem de dinheiro.