No modelo parlamentarista, o governo j� tinha ca�do, diz Alckmin

O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que, se o modelo de governo no Brasil fosse parlamentarista, o governo j� tinha ca�do. De passagem pelo Senado, onde discutiu a crise h�drica e propostas do pacto federativo, o tucano ressalvou que no modelo presidencialista n�o � dessa forma e defendeu, mais uma vez, que se cumpra o previsto na Constitui��o brasileira.

"� nosso dever cada um fazer sua parte. Tem que investigar. No modelo parlamentarista, o governo j� tinha mudado, j� tinha ca�do. Porque � s� confian�a. Perdeu a confian�a, substitui o primeiro-ministro. No modelo presidencialista n�o � assim. (Ele) tem mandato e s� pode ser interrompido por crime de responsabilidade, quando previsto na Constitui��o", afirmou.

Questionado mais uma vez sobre as "pedaladas fiscais" feitas pelo governo Dilma Rousseff, sob investiga��o do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Alckmin frisou que n�o disp�e de detalhes para falar sobre a situa��o. Mas defendeu a investiga��o e o desenrolar dos fatos para poder analisar o caso de forma mais adequada.

Ajuste

Numa cr�tica indireta ao governo Dilma Rousseff, Alckmin afirmou que fazer um ajuste fiscal sem crescimento da economia "n�o funciona". Para o tucano, um eventual novo aumento da taxa b�sica de juros, atualmente em 13,75%, s� agrava ainda mais a situa��o fiscal. O mercado prev� que o governo far� uma nova alta da Selic para tentar debelar a press�o inflacion�ria - o IPCA divulgado hoje chegou a 8,89% nos �ltimos 12 meses.

"Ajuste fiscal sem crescimento da economia n�o funciona, porque voc� tem queda de arrecada��o por retra��o da atividade econ�mica, o aumento da taxa Selic vai agravar mais ainda", afirmou. "O governo precisa fazer a economia crescer, e a economia crescendo voc� segura as despesas e vai fazendo o ajuste. Se a economia n�o crescer minimamente, s� tende a se agravar", completou.

Questionado a expectativa de IPCA de quase 9% ao ano, Alckmin disse que muito da infla��o atual � de "pre�o administrado, n�o � s� de demanda". "Demanda mais fraca do que est�, � imposs�vel", avaliou.