Bras�lia - O l�der do governo na C�mara dos Deputados, Jos� Guimar�es (PT-CE), disse na manh� desta quarta que uma das prioridades do Congresso ap�s o recesso, que inicia na pr�xima semana, ser� retomar a discuss�o sobre o financiamento da Sa�de no Brasil. "Quero reintroduzir no segundo semestre o financiamento da Sa�de", anunciou o petista.
Sobre as expectativas de agenda legislativa a partir de agosto, Guimar�es previu que o projeto do senador Jos� Serra (PSDB-SP) - que desobriga a Petrobras de ser operadora �nica e ter participa��o m�nima de 30% na explora��o do pr�-sal - ser� o grande embate no Parlamento. "Em agosto e setembro essa ser� a principal polariza��o do Pa�s", disse o l�der.
O petista acredita que haver� uma grande mobiliza��o contra a proposta que, em sua vis�o, favorece as grandes petrol�feras do mundo e tira recursos das �reas de Sa�de e Educa��o. "Mudar o regime de partilha � um tiro no p� da nossa soberania", emendou.
O l�der afirmou ainda que no pr�ximo semestre o foco ser� tamb�m a vota��o de projetos que tratam da reformula��o do PIS/Cofins, ICMS (repatria��o das grandes fortunas), a remunera��o do FGTS e o novo pacto federativo. O objetivo do governo, insistiu Guimar�es, � retomar a agenda do crescimento.
Ao fazer um balan�o das vota��es mais importantes na Casa, Guimar�es minimizou as derrotas do governo e enalteceu a vota��o de todo o pacote de ajuste fiscal. "Sem ele, o Brasil teria quebrado", avaliou.
Impeachment
Embora reconhe�a que o ambiente pol�tico inspira cuidados, o l�der afirmou que n�o existe base pol�tica e jur�dica para aprova��o do afastamento da presidente Dilma Rousseff. "A agita��o � por conta da Lava Jato", concluiu.
Guimar�es acredita que o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) acolher� as explica��es do governo sobre as pedaladas fiscais de que a pr�tica, segundo ele, vem de 1991 e acontece em virtude de uma lacuna na regulamenta��o. Por isso, o esfor�o do governo � mostrar que tudo foi feito dentro da legalidade. "N�o fizemos nada ao arrepio da lei", disse.
Ainda que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva acredite que a situa��o pode ficar pior para o governo, o petista preferiu n�o fazer previs�es para os pr�ximos dias. "O momento exige cautela e o di�logo � o melhor caminho", afirmou.