
Ouvido na condi��o de testemunha, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, come�ou seu depoimento � CPI da Petrobras nesta quarta-feira, negando estar constrangido pela convoca��o. "� dever de ministro de Estado prestar informa��es ao Parlamento", afirmou.
"N�o raras vezes, n�o s� eu, mas outros ministros da Justi�a que me antecederam v�m sendo muito criticados ora por se acusar que esses ministros instrumentalizam a Pol�cia Federal, que essa pol�cia seria uma bra�o de a��o deste ministro para atacar advers�rios", disse.
"Outras vezes, ou�o que o ministro n�o controla a PF, que � fraco, t�bio, que n�o se imp�e controlando as atividades de investiga��o. A meu ver, as cr�ticas dirigidas a mim ou aos meus antecessores s�o rigorosamente infundadas", completou.
Cardozo fez, ent�o, uma longa explana��o sobre os deveres do seu minist�rio e sua rela��o com a Pol�cia Federal. Disse aos deputados que, embora um ministro possa determinar a abertura de inqu�ritos, n�o pode interferir nas investiga��es.
"Ministro jamais pode dizer a quem investigar, ministro n�o pode controlar ou induzir investiga��es", ressaltou. "Ministro n�o pode instrumentalizar".
Cardozo enfatizou que, sempre que houver abusos ou ilegalidades, seu dever � apurar, caso contr�rio corre o risco de prevaricar. Segundo ele, ministro da Justi�a � um "fiscal do abuso de poder".
Cardozo repetiu v�rias vezes que seu papel n�o � "controlar" a PF. "Enquanto estive e estiver no Minist�rio da Justi�a, jamais o ministro de Estado da Justi�a atuar� na perspectiva de controlar e direcionar investiga��es".