
No entanto, entre outros temas, os oposicionistas v�o questionar Cardozo sobre encontro, em fevereiro, entre ele e advogados que defendem empreiteiros envolvidos no caso. De acordo com publica��es do jornal Folha de S. Paulo e da revista Veja, defensores tentavam uma ajuda do governo para soltar executivos da UTC e da Camargo Correa que foram para a cadeia.
No encontro com S�rgio Renault, advogado da UTC, Cardozo teria dito que os rumos da Lava-Jato mudariam radicalmente. O ministro ainda teria orientado o advogado a n�o fechar um acordo de dela��o premiada. Na �poca, por meio de nota oficial, Cardozo reconheceu a reuni�o com Renault e negou que eles tinham tratado sobre a opera��o que apura pagamentos de propina no �mbito da estatal. O petista disse ainda que a conversa foi muito r�pida e que, como comandante da pasta, tinha a obriga��o de receber advogados.
Outro ponto que os oposicionistas v�o utilizar para minar o governo � o conte�do da dela��o premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa. Ele afirmou � Justi�a Federal e ao Minist�rio P�blico Federal que o dinheiro sujo do esquema bilion�rio de corrup��o na petroleira irrigou as campanhas de reelei��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e da presidente Dilma no ano passado. Em 2006, segundo relato do empreiteiro, a campanha presidencial petista recebeu R$ 2,4 milh�es do esquema que envolvia direcionamento de licita��o, pagamento de propina e superfaturamento de obras. Para a campanha de Dilma, o empres�rio alega que foi repassado R$ 7,5 milh�es.
O ministro vai insistir na tese defendida pelo PT e pelo Pal�cio do Planalto: todos os recursos recebidos pela legenda foram proveniente de doa��es legais, que contaram com o aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A convoca��o partiu de uma estrat�gia para evitar a ida � CPI do petista Jos� Dirceu e dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia), cujos nomes foram citados em dela��es premiadas.