Bras�lia - A retalia��o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao Pal�cio do Planalto por causa da acusa��o feita pelo lobista J�lio Camargo de que ele teria cobrado US$ 5 milh�es ter� seu primeiro cap�tulo nesta sexta-feira. Desafeto da presidente Dilma Rousseff, o peemedebista oficializar� o rompimento com o governo.
O movimento j� era esperado por aliados e opositores do presidente da C�mara. Um deputado do DEM avalia que o governo ter� neste segundo semestre o seu pior momento, pois Dilma ser� o principal alvo de Cunha. Para o parlamentar, o peemedebista n�o mais evitar� a abertura de processo de impeachment contra a petista. Para um peemedebista, Cunha teria mesmo que deixar de ser "camale�o", ora governista, ora oposicionista, para assumir de fato seu papel de advers�rio da presidente Dilma Rousseff.
Dentro do PMDB, Eduardo Cunha � a principal voz favor�vel ao rompimento com o PT. Ele j� defendia o desembarque de seu partido do governo e o fim da alian�a entre as duas legendas j� a partir das elei��es municipais do ano que vem. Na quarta-feira, 15, ao lado de Temer, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do ex-presidente da Rep�blica Jos� Sarney (PMDB-AP), Cunha voltou a defender de maneira enf�tica que o PMDB tenha candidato pr�prio em 2018. Foi seguido pelos correligion�rios.
Na quinta-feira, 16, em caf� da manh� com jornalistas, o presidente da C�mara fez novos ataques ao PT: "N�o aguentamos mais n�o disputarmos a elei��o e ficarmos perto do PT. Ningu�m aguenta mais alian�a com o PT"; "Estamos doidos para pular fora (do governo)"; "Um partido que n�o quero na alian�a com o PMDB � o PT".