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Estado de Minas

PF indicia mais nove envolvidos na Opera��o Lava-Jato

Em relat�rio entregue � Justi�a ontem � noite, delegado acusa empreiteiro, ex-executivos e lobistas por corrup��o ativa, fraude, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem econ�mica


postado em 20/07/2015 06:00 / atualizado em 20/07/2015 07:53

Agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão em Belo Horizonte na 14ª fase da Operação Lava-Jato, no mês passado (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 19/6/15)
Agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreens�o em Belo Horizonte na 14� fase da Opera��o Lava-Jato, no m�s passado (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 19/6/15)

Bras�lia – A Pol�cia Federal indiciou, na noite de ontem, nove pessoas por corrup��o ativa, fraude em licita��o, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem econ�mica. Os indiciados s�o o presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Ot�vio Marques de Azevedo, quatro ex-executivos e funcion�rios da empresa e quatro lobistas. Entre outras coisas, o delegado Eduardo Mauat, da Opera��o Lava-Jato, destacou, em relat�rio parcial enviado � 13ª Vara Federal de Curitiba, que o empreiteiro vendeu uma lancha para o lobista Fernando “Baiano” Soares, que � ligado ao PMDB, segundo os investigadores. Baiano passou a operar para a Andrade Gutierrez a partir de 2008 e 2009, de acordo com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Em nota, a empreiteira Andrade Gutierrez informou que n�o tem ou teve qualquer rela��o com os fatos investigados pela Lava-Jato. Em um dos trechos, a construtora relata que sempre esteve � disposi��o das autoridades para colaborar com as investiga��es para esclarecer as d�vidas. “A empresa reitera que nunca participou de forma��o de cartel ou fraude em licita��es, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja. A empresa reafirma ainda que n�o existem fundamentos ou prova que justifiquem a pris�o e o indiciamento de seus executivos e ex-executivos”, diz a nota.

At� a meia-noite de ontem, a PF deveria liberar o relat�rio da Odebrecht. A expectativa era de que o presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, fosse indiciado.

Ap�s a entrega desse relat�rio, o Minist�rio P�blico Federal tem cinco dias para analis�-lo e apresentar a den�ncia – o que deve acontecer na pr�xima sexta-feira. Em seguida, o juiz S�rgio Moro, da 13ª Vara Federal, vai decidir se aceita o pedido do MPF. Se ele aceitar a den�ncia, os empreiteiros viram r�us e passam a ser formalmente acusados pela pr�tica dos crimes.

POL�TICOS Um ano e quatro meses ap�s a PF colocar a Opera��o Lava-Jato nas ruas, o subprocurador-geral da Rep�blica Carlos Frederico Santos critica a demora em serem feitas den�ncias contra pol�ticos suspeitos de corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema de desvios da Petrobras. Na primeira inst�ncia, ex-parlamentares, funcion�rios da estatal, operadores, executivos e grandes empreiteiras s�o alvo de processos criminais e inqu�ritos. No Supremo Tribunal Federal, as a��es s� foram abertas em mar�o, pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, que tenta ser reconduzido ao cargo.

Um dos concorrentes na disputa pelo comando do MPF, Carlos Frederico diz que o colega � quem precisa explicar a causa da lentid�o. Em entrevista ao Estado de Minas, ele disse que a atua��o dos procuradores da for�a-tarefa na Justi�a do Paran� � “fenomenal”, porque d� “respostas r�pidas e a contento para a sociedade”. “Mas aqui no Supremo est� demorando muito.” O subprocurador-geral diz que “a sociedade se ressente” da demora. “Faz algum tempo que est� sendo investigado e a gente n�o v� resultado. Den�ncia, arquivamento ou o que seja. O que n�o pode � ficar nessa situa��o.” A assessoria de Janot foi procurada, mas n�o comentou o caso.

Em defesa de Janot, o procurador Deltan Dallagnol, da Lava-Jato, disse que, s� em agosto de 2014, o esquema – com a participa��o de pol�ticos e de empreiteiros – foi desnudado pelo MP. A situa��o dos casos na PGR � “bem peculiar”, segundo ele, porque h� muitos pagamentos em esp�cie. “A investiga��o na PGR come�ou em janeiro de 2015, e a prova est� sendo constru�da a partir das colabora��es, que n�o podem ensejar acusa��es sem corrobora��o.”

Marina defende afastamento

Terceira candidata mais votada na �ltima elei��o presidencial, a ex-ministra Marina Silva (PSB-AC) defendeu, em artigo, que pol�ticos que forem formalmente denunciados pela Procuradoria-Geral da Rep�blica se afastem dos cargos. Para ela, o perigo � que pol�ticos usem seus poderes para interferir nas investiga��es. “Devemos exigir o afastamento dos que ocupam cargos cujos poderes possam interferir nas decis�es. Mas, desde j�, precisamos estar atentos contra qualquer tentativa de sabotagem”, escreveu Marina, em artigo publicado no site do G1. A ex-senadora ainda criticou o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem acusa de usar a manipula��o da crise para aumentar seu poder. Segundo Marina, por isso “� normal que ele agora tente explicar as den�ncias de corrup��o que recebe como sendo manipula��o dos outros”.


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