
Um dos aliados mais pr�ximos do senador, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) concorda com a avalia��o sobre o abandono de Dilma por Lula. Para Pestana, o isolamento � tanto que n�o se v� sa�da para a presidente. “Est� engolfada na maior crise institucional, uma coisa intermin�vel”, afirmou. Para o deputado, a crise pol�tico-econ�mica mostrou o que a oposi��o j� sabia: “Dilma n�o tem hist�ria nem viv�ncia para governar o pa�s”.
A fala do senador recebeu tamb�m apoio do l�der do DEM na C�mara dos Deputados, Mendon�a Filho (PE). “Concordo que Dilma n�o tem o que apresentar. Ela est� atravessando um momento de grande adversidade, n�o tem o que mostrar (ao pa�s). Vai encontrar uma popula��o hostilizando-a e protestando em todos os lugares. Acho que o Lula est� desconectado com a realidade”, disse.
O l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), tamb�m discorda de que o conselho de Lula consista em uma forma de prejudicar Dilma. “Acho que a presidente do pa�s, com boa popularidade ou n�o, tem que andar o Brasil. � claro que tem andar. Se h� programas para apresentar, ela tem que andar”, afirmou o senador, acrescentando que a popularidade de Dilma tem ca�do devido � soma da crise pol�tica com a econ�mica. “O Planalto errou na montagem do segundo governo e desprezou os aliados que haviam ajudado a reeleger Dilma. Foi um grande erro do ponto de vista pol�tico, o que agravou a economia. Como resultado, houve a queda da popularidade da presidente”, disse.
‘CRIMES’ Na entrevista, A�cio disse ainda que o governo cometeu crimes que est�o sendo analisados pelos respectivos tribunais e que, por ora, “n�o h� condi��es para o impeachment”, mas que isso n�o significa que n�o chegue um momento em que esses requisitos venham a existir. O deputado Marcus Pestana endossa a an�lise do colega tucano: “O impeachment n�o � objetivo, � consequ�ncia”. Pestana diz que a oposi��o s� aceitaria a sa�da de Dilma pelas vias legais, sem car�ter de golpe, como a rejei��o de contas pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) e pelo Congresso, com uma condena��o por abuso de poder econ�mico no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou baseado em provas contra a petista na Opera��o Lava-Jato. J� Eun�cio Oliveira diz que o partido n�o participar� de “nada que pare�a um golpe de Estado”, e ressaltou que baixa popularidade n�o � elemento para se afastar a presidente.
Repercuss�o em Portugal
O peri�dico portugu�s Jornal de Not�cias repercutiu a entrevista de A�cio Neves ao EM/Correio. A vers�o on-line da publica��o destacou as cr�ticas do senador ao aparelhamento do Estado por parte do PT. “‘N�o perdi para um partido pol�tico. Perdi para uma organiza��o criminosa que se apoderou do Estado’, afirmou A�cio na entrevista, na qual falou tamb�m da crise pol�tica e econ�mica e das den�ncias de corrup��o e do conflito entre o governo e o Congresso”, ressaltou o site lusitano.