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Estado de Minas

Politeia p�e em risco recondu��o de Janot


postado em 20/07/2015 07:31 / atualizado em 20/07/2015 08:05

Rodrigo Janot busca mais dois anos de mandato a como presidente da Procuradoria-Geral da República
Rodrigo Janot busca mais dois anos de mandato a como presidente da Procuradoria-Geral da Rep�blica

Bras�lia - Favorito dentro do Minist�rio P�blico para ser reconduzido a um novo mandato de dois anos pela presidente Dilma Rousseff, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, corre riscos reais de ser barrado em vota��o secreta do Senado. Diante do clima adverso, procuradores da Rep�blica pr�ximos ao chefe do Minist�rio P�blico j� cogitam tra�ar um plano B para evitar preju�zos � Opera��o Lava Jato que levem � contesta��o da apura��o do esquema de desvios na Petrobr�s que financiou pol�ticos e partidos.

A hostilidade a Janot cresceu desde ter�a-feira, com a Opera��o Politeia, primeira fase da Lava Jato centrada no n�cleo pol�tico do esquema, que realizou buscas e apreens�es em im�veis de tr�s senadores. O cumprimento dos mandados contra Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) deixou o ambiente no Senado ainda mais tenso que o visto desde mar�o, quando foram abertos inqu�ritos contra 13 senadores - entre eles, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), por suposto envolvimento no esquema de corrup��o.

Na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), onde come�ar� a nova sabatina de Janot se ele for indicado pela presidente Dilma Rousseff, 9 dos 27 senadores titulares est�o na mira da Procuradoria, o que deve acirrar os �nimos contra o chefe do Minist�rio P�blico.

Diante disso, procuradores pr�ximos a Janot come�aram a tra�ar, em conversas reservadas, um plano B com o objetivo final de proteger a Lava Jato, caso o atual o procurador-geral seja rejeitado pela Casa. Como plano alternativo, Janot poderia apoiar outro candidato da lista tr�plice nos bastidores. Na disputa, est�o os subprocuradores-gerais Carlos Frederico Santos, Mario Bonsaglia e Raquel Dodge. Janot, entretanto, vai manter o discurso p�blico de que � candidato sem quaisquer condicionantes.

Apoiar um sucessor seria uma forma de manter o ritmo das investiga��es da Lava Jato. H� receio de uma descontinuidade, ainda que tempor�ria, na condu��o dos inqu�ritos no Supremo Tribunal Federal contra deputados e senadores e no apoio as a��es tocadas por procuradores da for�a-tarefa da opera��o - grupo designado diretamente por Janot e que atua na Justi�a Federal de Curitiba. Um novo procurador-geral poderia, por exemplo, pedir um tempo adicional para avaliar os inqu�ritos da Lava Jato contra pol�ticos.

O risco de derrota no Senado agita os bastidores do Minist�rio P�blico Federal. Um procurador reconhece que as recentes a��es contra os senadores v�o criar um clima de solidariedade entre os parlamentares na Casa. Para ele, Janot "cutucou a on�a com vara curta".

Calend�rio

Outro componente a complicar a situa��o do procurador-geral � o calend�rio apertado at� sua recondu��o. A elei��o interna ocorrer� em 5 de agosto e, se encabe�ar a lista tr�plice, Dilma deve indic�-lo para um novo mandato - o atual termina em 17 de setembro. Al�m do tempo curto, a investiga��o sobre tantos senadores cria embara�os para um corpo a corpo com os parlamentares.

Tr�s importantes l�deres governistas do Senado consultados pelo jornal "O Estado de S. Paulo" avaliam que Janot ter� dificuldades para ser reconduzido. Cabe aos senadores chancelar a escolha feita pela presidente. O primeiro desses parlamentares disse que os mandados de busca e apreens�o criaram "mais atrito". Para o segundo senador ouvido pela reportagem, a opera��o foi uma "demonstra��o desnecess�ria de poder". Al�m de parlamentares, os alvos da Politeia s�o um ex-presidente da Rep�blica (Collor), o presidente de um partido (Nogueira, do PP) e um ex-ministro do governo Dilma (Bezerra). Por fim, o terceiro l�der lembra que, como a vota��o � secreta, existe "uma possibilidade grande de Janot n�o passar".

At� o momento, apenas Collor critica abertamente a opera��o autorizada pelo STF e avalizada por Janot, desafeto contra quem j� moveu quatro processos que poderiam lev�-lo ao afastamento do cargo. Os demais, inclusive Renan, reclamaram genericamente dos "excessos" da a��o de busca e apreens�o, sem citar Janot.

Postura

Mesmo antes de uma eventual indica��o do atual procurador-geral, Renan - alvo de tr�s inqu�ritos na Lava Jato - afirmou que vai se comportar "com a isen��o que o cargo recomenda". “A indica��o � uma faculdade da presidente da Rep�blica e a sua aprova��o ou n�o � uma prerrogativa dos senadores e das senadoras. N�o posso, n�o tenho como nem vou predizer o que vai acontecer, nem o que n�o vai acontecer", disse Renan na sexta-feira, em pronunciamento transmitido pela TV Senado.

Ainda assim, publicamente, seus aliados apostam na vit�ria mesmo na vota��o secreta no Senado. "Eu penso que o Rodrigo ser� reconduzido, apesar do Collor, Dilma, Calheiros, deputados do PP (partido com o maior n�mero de parlamentares investigados)", disse o subprocurador-geral da Rep�blica Brasilino Santos, eleitor de Janot.

"(Ele) colocou o Senado todo de joelhos, � o nosso procurador por mais anos", aposta outro subprocurador, amigo de Janot h� mais de 20 anos.


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