
Ap�s ser alvo de cr�ticas durante a �ltima semana por parte de parlamentares investigados na Opera��o Lava Jato, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ressaltou nesta segunda-feira, 20, que "investiga fatos, jamais institui��es". Desde ter�a-feira, 14, com a Opera��o Politeia, que realizou buscas e apreens�es em im�veis de tr�s senadores, a resist�ncia ao nome de Janot ganhou for�a no Senado, que precisar� aprovar nos pr�ximos meses a poss�vel recondu��o do procurador-geral ao cargo para os pr�ximos dois anos.
Em nota, Janot afirma que o Minist�rio P�blico "sempre buscou o di�logo permanente com os Poderes constitu�dos" no intuito de "fortalecer a Rep�blica, o que passa necessariamente pelo funcionamento de um Senado Federal altivo e de p�". Em reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, um subprocurador pr�ximo a Janot destacou o trabalho do procurador-geral dizendo que ele "colocou o Senado de joelhos". Conforme revelado, tr�s importantes l�deres governistas do Senado consultados pelo jornal avaliam que Janot ter� dificuldades para ser reconduzido ap�s a realiza��o de buscas na casa de tr�s senadores: Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE).
Para se manter no cargo, o procurador-geral precisa encabe�ar lista tr�plice formada por elei��o interna, no dia 5 de agosto, depois ser indicado pela presidente da Rep�blica e, ent�o, passar pelo crivo do Senado.
"Como � de conhecimento p�blico, a Constitui��o Federal atribui ao Procurador-Geral da Rep�blica, sob supervis�o do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justi�a, a condu��o de investiga��es de forma s�bria e respons�vel em rela��o �s altas autoridades da Rep�blica, sejam elas do pr�prio Minist�rio P�blico ou dos Poderes Legislativo, Judici�rio ou Executivo", ressaltou Janot, em manifesta��o por escrito.
Al�m da resist�ncia do Senado, Janot vem sendo alvo de cr�ticas do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acusa o procurador-geral de estar "a servi�o do governo" e conduzir a investiga��o de forma pessoal. Collor tamb�m tem feito uso da tribuna do Senado para criticar a atua��o do PGR abertamente.