A defesa do presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protocolou uma reclama��o no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Ju�zo da 13ª Vara Federal da Se��o Judici�ria de Curitiba (PR), cujo titular � o juiz S�rgio Moro, respons�vel pela condu��o da Opera��o Lava-Jato.
Os advogados de Cunha pedem a imediata suspens�o da a��o penal que corre no Paran� e que tem como investigados, entre outros, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver�, o doleiro Alberto Youssef e o lobista J�lio Camargo. Posteriormente, os advogados pedem que o tribunal declare nulos todos os atos realizados no curso da a��o penal.
Camargo, um dos delatores da Lava Jato, disse em depoimento na �ltima semana que o suposto operador do PMDB no esquema de corrup��o da Petrobras, Fernando Baiano, lhe afirmou que estava sendo pressionado por Cunha para pagamento de propina. Os valores da propina teriam sa�do de compras de navios-sonda. Segundo relato de Julio Camargo, o peemedebista exigia US$ 5 milh�es.
Os advogados pedem a remessa imediata no processo para o Supremo. No m�rito, a defesa de Cunha pede para que seja reconhecida a "usurpa��o de compet�ncia" do Supremo por parte de Moro e que todos os atos relacionados ao presidente da C�mara sejam anulados.
"Mostra-se fartamente demonstrado que o Ju�zo reclamado, ao realizar atos manifestamente investigat�rios em face de agente p�blico com prerrogativa de foro, usurpou de forma flagrante a compet�ncia desta Suprema Corte", escrevem os advogados.