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Estado de Minas

PF aponta 'intensa rela��o financeira' da Andrade Gutierrez com lobista


postado em 21/07/2015 17:49 / atualizado em 21/07/2015 18:08

O relat�rio da Pol�cia Federal que indiciou por corrup��o, fraude a licita��es, organiza��o criminosa e crime contra a ordem econ�mica o presidente da Andrade Gutierrez, Ot�vio Marques de Azevedo, e dirigentes ligados � empreiteira classificou como 'intensa' a rela��o da companhia com o lobista M�rio G�es - apontado como operador de propinas na Diretoria de Servi�os da Petrobras. A PF identificou pagamentos no Brasil e no exterior. G�es est� preso desde fevereiro.

"A rela��o financeira entre a Andrade Gutierrez e o operador M�rio G�es era intensa, ocorrendo pagamentos no Brasil (atrav�s da Rio Marine Oil e G�s Engenharia e Empreendimentos LTDA) e no exterior (por meio da Phad Corporation, Maranelle, Dole Tech Inc, Rhea Comercial Inc, Daydream Properties LTD. e Backspin Management SA)", aponta o relat�rio assinado pelo delegado Eduardo Mauat da Silva, que integra a for�a-tarefa da Pol�cia Federal na Lava-Jato.

Peritos da PF que analisaram poss�veis pr�ticas il�citas na movimenta��o financeira envolvendo a Riomarine e a Andrade Gutierres afirmaram que foi poss�vel constatar que documentos juntados pela empreiteira ao processo 'n�o s�o h�beis para comprovar a efetiva presta��o de servi�os de consultoria nos anos de 2007 e 2008, revelando que os pagamentos listados foram realizados sem lastro f�tico e documental adequado'.

Os investigadores apontaram ainda que nas contas de titularidade de M�rio G�es e de suas empresas foram realizados saques em esp�cie de R$ 70 milh�es.

"Tal pr�tica � corriqueiramente aplicada em opera��es voltadas a ocultar ou dissimular os reais benefici�rios dos recursos sacados, sobretudo em situa��es que envolvam o pagamento de vantagens indevidas", afirma o relat�rio. "Os peritos ainda relacionaram as disponibilidades em esp�cie por meio de cheques que se seguiram aos dep�sitos feitos pela Andrade Gutierrez."

Buscas realizadas pela PF em 5 de fevereiro deste ano identificaram notas fiscais e contratos entre a Riomarine e sete empreiteiras do cartel alvo da Lava-Jato (Andrade Gutierrez, Mendes J�nior, MPE, OAS, Odebrecht, Setal e UTC). Os investigadores suspeitam que a Riomarine fosse uma fachada usada para 'esquentar' dinheiro de propina em contratos frios de consultoria.

"A rela��o entre a Andrade Gutierrez e o operador M�rio G�es, auxiliado pelo seu filho Luc�lio G�es, resta comprovada. Conforme consta do Laudo 1483-2015- SETEC/SR/PR no ano de 2009 houve diversas transfer�ncias da Andrade Gutierrez diretamente para a conta da Riomarine Oil e G�s Empreendimentos LTDA, sendo que muitas dessas transfer�ncias podem ser ligadas temporalmente �s obras anteriormente mencionadas", diz o documento da PF.

Propina

O delegado Eduardo Mauat apontou ainda para um Relat�rio de An�lise de Material de Inform�tica de peritos da PF. Este documento, segundo Mauat, evidenciaria a 'exist�ncia de ind�cios de pagamento de vantagens il�citas a Pedro Barusco junto a Phad Corporation pela Zagope Angola Engenharia e Constru��o, empresa ligada a Andrade Gutierrez'. Barusco foi gerente executivo da Petrobras e � um dos delatores do esquema de corrup��o e propina instalado na estatal e desbaratado pela for�a-tarefa da Lava-Jato.

Todos os executivos ligados � empreiteira negam participa��o em cartel e pagamentos il�citos a M�rio G�es e tamb�m ao lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado pelos investigadores como operador de propinas do PMDB no esquema. Segundo os dirigentes, G�es e Baiano 'de fato teriam prestado servi�os a empreiteira'.

A Andrade Gutierrez informa que a contrata��o do Sr. M�rio Goes, consultor com experi�ncia reconhecida no setor de �leo e G�s, foi legal e com a presta��o de servi�o j� devidamente esclarecida.


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