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Estado de Minas

Su��a intensifica investiga��es contra Grupo Odebrecht

Pa�s europeu instaura inqu�rito contra Grupo Odebrecht, seus executivos e ex-diretores da estatal diante da suspeita do uso de mais de 30 bancos locais para pagamento de propina


postado em 23/07/2015 06:00 / atualizado em 23/07/2015 07:45

QG da Odebrecht em São Paulo: delatores afirmaram ter recebido propina da empresa na Suíça (foto: Paulo Whitaker/Reuters - 14/11/14)
QG da Odebrecht em S�o Paulo: delatores afirmaram ter recebido propina da empresa na Su��a (foto: Paulo Whitaker/Reuters - 14/11/14)
A apura��o dos desvios de recursos da Petrobras ganhou ontem um refor�o importante com a decis�o do Minist�rio P�blico da Su��a de instaurar inqu�rito contra a Odebrecht, seus executivos, al�m de ex-funcion�rios da petrol�fera brasileira. Em raz�o disso, a procuradoria, em Berna, encaminhou ao Brasil pedido de coopera��o na investiga��o do esc�ndalo. Desde que a Su��a bloqueou US$ 400 milh�es e identificou mais de 300 contas relacionadas aos desvios de valores dos cofres da estatal, j� foram devolvidos ao Brasil US$ 120 milh�es.


Considerada uma das maiores iniciativas daquele pa�s no combate ao dinheiro sujo, as autoridades su��as apuraram que mais de 30 de seus bancos foram usados para ocultar a origem do dinheiro. Para a Procuradoria da Rep�blica do pa�s europeu, o “centro financeiro su��o foi seriamente afetado pelo esc�ndalo, com v�rias pessoas e empresas indiciadas ou j� condenadas no Brasil conduzindo transa��es suspeitas”. Para Berna, a iniciativa dos procuradores tem como fun��o, ainda, “proteger o centro financeiro su��o, exposto a riscos de reputa��o por incidentes como esse”.

No pedido recebido pelo Brasil na segunda-feira, o Minist�rio P�blico su��o solicita uma assist�ncia legal, ou seja, que a Justi�a brasileira colha o depoimento dos suspeitos e at� mesmo de indiciados que est�o vivendo no Brasil. Segundo as autoridades su��as, o inqu�rito contra a Odebrecht � apenas um dos nove instaurados at� agora naquele pa�s para apurar transa��es suspeitas envolvendo dinheiro da Petrobras. No

documento, os su��os deixam claro que os ind�cios encontrados, at� agora, s�o de pagamento de “propina”. “Com base nas descobertas feitas at� agora, a suspeita � de que subsidi�rias da Odebrecht pagaram propinas via contas su��as para contas de ex-diretores da Petrobras, tamb�m com contas na Su��a”, afirmou o MP em um comunicado.

MIL TRANSA��ES
Al�m de solicitar que indiciados e suspeitos sejam ouvidos, as autoridades su��as querem ter acesso a documentos que possam ajudar na apura��o da lavagem de dinheiro naquele pa�s. Desde que foram comunicados pelos investigadores brasileiros do uso da rede banc�ria pelos operadores do esc�ndalo da Petrobras, os procuradores su��os analisaram cerca de mil transa��es banc�rias que estariam ligadas a esses desvios. A meta do MP em Berna era descobrir a origem dos recursos bloqueados e as empresas que pagaram a propina. Mas foi necess�ria a amplia��o das apura��es, que encontraram um n�mero maior de contas e transa��es suspeitas.

Pelo menos dois ex-funcion�rios da Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o ex-gerente de Servi�os Pedro Barusco, admitiram ter recebido propina da Odebrecht por meio de bancos su��os, US$ 20 milh�es e US$ 87 milh�es, respectivamente. Os dois s�o un�nimes em dizer que os pagamentos foram feitos por uma empresa registrada no Panam�, a Constructora Internacional Del Sur, e com a ajuda de um economista que vive em Genebra, Bernardo Freiburghaus.

Freiburghaus � suspeito de ser o intermedi�rio dos pagamentos, j� que � um operador que vive em Genebra desde a eclos�o do esc�ndalo e que chegou a fazer parte da lista vermelha da Interpol. Por ter nacionalidade su��a, ele n�o poderia ser extraditado para o Brasil. O economista diz que n�o “existem provas” contra ele. O Minist�rio P�blico do Brasil, entretanto, j� pediu que os su��os colham seu depoimento e confisquem seus bens. A Odebrecht diz que nunca pagou propina para facilitar seus neg�cios na Petrobras e afirma n�o ter rela��o com a empresa no Panam� e Freiburghaus.

Fora do contexto

A Odebrecht disse ser “natural” a abertura de um processo de investiga��o na Su��a. O motivo, avaliou a empresa em nota, � “a grande repercuss�o do tema no Brasil, decorrente do vazamento de informa��es com interpreta��es distorcidas e descontextualizadas”. A empresa disse que tem todo o interesse em esclarecer o assunto. “A Odebrecht contatar� as autoridades su��as para entender o alcance das investiga��es.”

 


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