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Estado de Minas

Guerra contra corrup��o requer uni�o de institui��es, diz procurador da Lava-Jato

Deltan Dallagnol defendeu os m�todos da investiga��o e negou que haja press�o por dela��es premiadas


postado em 27/07/2015 17:31 / atualizado em 27/07/2015 17:36

O procurador Deltan Dallagnol, um dos respons�veis pela Opera��o Lava-Jato no Minist�rio P�blico Federal (MPF), afirmou que o Pa�s vive hoje uma "guerra contra a corrup��o" que requer a uni�o entre diversas institui��es.

Dallagnol defendeu os m�todos da investiga��o e negou que haja press�o por dela��es premiadas. Para o procurador, as colabora��es indicam que h� "perspectiva concreta de puni��o", e apontou a demora nos julgamentos como um dos fatores que favorece a impunidade.

"Cremos que, no caso da Lava-Jato, em raz�o de sua import�ncia e da sua dimens�o, o Judici�rio vai dar uma resposta r�pida. O problema � como funciona o sistema. Como dar celeridade a um julgamento em que h� quatro inst�ncias envolvidas com um n�mero maior de processos que sua capacidade de julgar?", questionou o procurador, que participa de palestra no Rio nesta segunda-feira.

Dallagnol disse que a corrup��o "mata milh�es" e afirmou que o "crime de colarinho branco" hoje pode demorar at� 15 anos para ser julgado. O procurador classificou as puni��es previstas para a corrup��o como uma "piada de mau gosto" e apresentou um conjunto de dez medidas que poderiam ser implantadas para combater a impunidade, como o tr�mite paralelo dos processos em diferentes inst�ncias.

"Existe um c�rculo vicioso entre corrup��o e impunidade. A demora � uma mazela e defici�ncia do sistema judicial que precisa ser enfrentada, para que resultados pr�ticos sejam alcan�ados", disse. "Com a impunidade, o �nico freio que temos � o freio �tico. Mas n�o podemos depender da �tica. Temos que ter freios jur�dicos para barrar a corrup��o", completou.

As medidas apresentadas constam de um manifesto que est� colhendo assinaturas pelo Pa�s para sua aprova��o no Congresso. Questionado sobre a possibilidade de n�o haver a aprova��o, o procurador afirmou que "h� representantes eleitos e devemos confiar neles".

"Pode existir problema em n�vel de determinadas pessoas, mas continuamos acreditando nas institui��es", refor�ou. Dallagnol disse acreditar em um "alinhamento de circunst�ncias excepcionais" para garantir a "prioridade" ao caso, citando o trabalho em conjunto com o juiz S�rgio Moro e o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.

O procurador ainda defendeu os m�todos de colabora��o premiada, criticados pelos advogados dos r�us. Segundo Dallagnol, as colabora��es s�o vistas como um "fator de sucesso" da opera��o. "Pessoas v�o olhar a seriedade das consequ�ncias e v�o passar a buscar a solu��o negociada. Se a pessoa est� sendo investigada por A, ela entrega A, B, C e D", afirmou.

"O suspeito vai avaliar qual a perspectiva que tem com uma solu��o negociada ou sem. Sem o acordo de colabora��o tem uma perspectiva de impunidade", avaliou o procurador. "Jamais prendemos algu�m para alcan�ar acordos de colabora��o. Mais de dois ter�os das dela��es foram feitas com os suspeitos soltos. Eles v�m perspectiva concreta de puni��o no curto prazo, por isso buscam a colabora��o", completou.

Dallagnol voltou a frisar que a for�a-tarefa s� oferece den�ncias "porque tem convic��o de que vamos conseguir a condena��o". Ele se recusou a comentar se h� novos processos de dela��o premiada em curso.

"Por ser um caso muito grave, que despertou tanta aten��o, a Lava Jato tem um julgamento mais r�pido nas inst�ncias superiores", afirmou o procurador.

"Estamos em uma guerra contra a corrup��o em que se uniram diversas institui��es. A imprensa � nossa aliada, quando exp�e o problema que est� sendo desvelado pela nossa investiga��o. A sociedade brasileira n�o aguenta mais impunidade. Mas somos brasileiros e n�o vamos desistir do nosso Pa�s", concluiu.L


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