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Estado de Minas

Advogada de delatores diz se sentir perseguida e intimidada por membros da CPI

Respons�vel por firmar nove dos 22 acordos de dela��o premiada na Lava-Jato, Beatriz Catta Preta decidiu abandonar a advocacia


postado em 30/07/2015 21:37 / atualizado em 30/07/2015 22:07

(foto: EVARISTO SA)
(foto: EVARISTO SA)
A advogada Beatriz Catta Preta, respons�vel por firmar nove dos 22 acordos de dela��o premiada realizados na Opera��o Lava Jato, relatou em entrevista ao Jornal Nacional ter deixado os casos relacionados ao esquema de corrup��o na Petrobras por ter sido alvo de amea�as. De acordo com ela, decidiu abandonar a advocacia para garantir a seguran�a da fam�lia e dos filhos. "Decidi encerrar minha carreira na advocacia. Fechei o escrit�rio", confirmou a advogada, que relatou que as amea�as vieram de "integrantes da CPI da Petrobras, dos que aprovaram" sua convoca��o no in�cio do m�s.

Na semana passada, a criminalista anunciou que deixaria os casos ligados � Lava Jato, depois de vir � tona o depoimento em que o lobista Julio Camargo, seu cliente, afirmou ter pago US$ 5 milh�es em propina para o presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Questionada, a advogada disse n�o poder afirmar que amea�as partiram do presidente da C�mara.

Ela confirma que Camargo comentava com ela sobre a rela��o entre o peemedebista e o esquema na Petrobras e afirmou que os depoimentos est�o "respaldados". "Todos os depoimentos sempre vieram respaldados, com informa��es, dados, provas definitivas, nunca houve s� o dizer por dizer", afirmou.

Inicialmente, o lobista disse em dela��o premiada que n�o tinha conhecimento da participa��o de parlamentares no esquema. Em depoimento prestado no �ltimo dia 16, no entanto, Camargo foi categ�rico sobre o pagamento de valores a Cunha. O deputado nega as acusa��es. Beatriz Catta Preta informou que seu cliente n�o relatou a participa��o de Cunha no in�cio por "receio", mas a previs�o de que o acordo de dela��o determina que o colaborador n�o pode mentir ou omitir informa��es levou o lobista "a assumir o risco, aquele risco que ele temia, e levar todos os fatos � Procuradoria-Geral da Rep�blica".

Durante a entrevista, a advogada disse receber "amea�as veladas" e um "constrangimento incessante". "Infelizmente pela quest�o de seguran�a e pela quest�o da prote��o eu tomei essa decis�o", afirmou. Segundo ela, as amea�as n�o foram diretas.

Ela nega que tenha deixado o Pa�s para Miami ou "fugir" do Brasil, disse que estava apenas passando f�rias nos Estados Unidos. "Nunca cogitei sair do Pa�s", disse. Beatriz Catta Preta afirmou ainda que � "absurdo" o valor de mais de R$ 20 milh�es que dizem que ela teria recebido pelas dela��es da Lava Jato. "N�o chega perto da metade disso", afirmou. Segundo ela, todos os valores recebidos pelo escrit�rio foram declarados. "A vida financeira do escrit�rio e minha vida financeira s�o absolutamente corretas, nunca recebi um centavo fora do Brasil", disse.

CPI

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, aceitou pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) desobrigando Catta Preta de prestar esclarecimentos � CPI da Petrobras, na C�mara dos Deputados. Ele criticou a convoca��o da advogada classificando a atitude como "inadmiss�vel". Com o despacho, se convocada, a advogada n�o � obrigada a prestar os esclarecimentos solicitados pelos parlamentares.

Catta Preta afirmou ainda que, se tiver que ir � CPI, s� poder� dizer que "mant�m o sigilo profissional". A decis�o do ministro Lewandowski preserva a confidencialidade na rela��o entre cliente e advogado, "inclusive no que toca � origem dos honor�rios advocat�cios".


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