Cunha silencia sobre Catta Preta; presidente da CPI nega persegui��o

O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), n�o quis comentar as declara��es da advogada Beatriz Catta Preta, que disse ter encerrado sua carreira e abandonado seus nove clientes que defendia na Opera��o Lava-Jato por ter sido amea�ada pela CPI da Petrobras, comandada por um aliado do peemedebista.

Procurado pela reportagem ap�s a exibi��o da entrevista de Catta Preta ao Jornal Nacional desta quinta-feira, 30, Cunha limitou-se a orientar que procurasse seu advogado, o ex-procurador-geral Antonio Fernando de Souza, que n�o atendeu ao telefonema. Mais cedo, antes da veicula��o do depoimento da advogada, Cunha se recusou a falar sobre o assunto. "Eu n�o comento sobre isso. Eu n�o comento isso. Ent�o, pergunte � CPI. Sobre isso eu n�o falo", afirmou o presidente da C�mara no in�cio da noite.

Beatriz Catta Preta havia sido convocada para prestar depoimento � CPI da Petrobras para explicar a origem de seus honor�rios. Dias depois, um de seus clientes, o lobista Julio Camargo, disse em dela��o premiada que Cunha havia pedido propina de US$ 5 milh�es no esquema de corrup��o da Petrobras. O presidente da C�mara negou a acusa��o com veem�ncia. Depois do epis�dio, Catta Preta resolveu fechar seu escrit�rio.

Na entrevista desta noite, ela disse ter abandonado os clientes devido a supostas amea�as. Segundo a advogada, as intimida��es "v�m dos integrantes da CPI, daqueles que votaram a favor da minha convoca��o".

O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), disse, em nota, que n�o h� persegui��o � advogada. "O requerimento de convoca��o da advogada Beatriz Catta Preta foi aprovado por unanimidade no plen�rio da CPI da Petrobras. A vontade de investigar a origem dos honor�rios da advogada � suprapartid�ria, o que afasta de vez a acusa��o de persegui��o", afirmou o deputado.