O juiz federal S�rgio Moro prorrogou nesta sexta-feira, 31, a pris�o tempor�ria do presidente licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, sob suspeita da Opera��o Lava-Jato por envolvimento em esquema de propinas nas obras da Usina Angra3 - os investigadores estimam que ele recebeu pelo menos R$ 30 milh�es de empreiteiras. O juiz tamb�m prorrogou a pris�o tempor�ria do presidente da Andrade Gutierrez Energia, Fl�vio David Barra. Os dois s�o alvos da Opera��o Radioatividade, 16.º cap�tulo da Lava-Jato.
Na manifesta��o, os procuradores anexaram documentos que refor�am a suspeitas sobre os alvos dessa nova etapa da Lava-Jato.
Othon Pinheiro teria recebido propinas por meio da Aratec Engenharia e Consultoria. Rastreamento da for�a-tarefa da Lava-Jato localizou, inicialmente, aportes de R$ 4,5 milh�es no caixa da empresa controlada pelo almirante.
O juiz Moro decidiu pela prorroga��o da tempor�ria de Othon Pinheiro e Fl�vio Barra. O magistrado da Lava-Jato levou em conta o curr�culo do almirante, apontado como refer�ncia no setor nuclear.
"Mesmo estando presentes os pressupostos e fundamentos da pris�o preventiva, resolvo, em vista do hist�rico profissional do investigado Othon Luiz Pinheiro da Silva, com servi�os relevantes prestados ao pa�s na �rea de desenvolvimento da energia nuclear, e diante de sua afirma��o de que poderiam ser esclarecidos, documentalmente, os servi�os prestados pela Aratec que teriam justificado os aludidos repasses, resolvo, em benef�cio dos dois investigados, no presente momento apenas prorrogar a pris�o tempor�ria por mais cinco dias, findo os quais decidirei novamente sobre o requerimento ora apresentado pelo Minist�rio P�blico Federal."