Secret�rio nacional de Organiza��o do PT chama Lava-Jato de 'espet�culo'

S�o Paulo - Horas ap�s a pris�o do ex-ministro e ex-presidente do PT Jos� Dirceu, o secret�rio nacional de Organiza��o da legenda, Florisvaldo de Souza, criticou a for�a-tarefa da Lava-Jato, respons�vel pela opera��o na manh� desta segunda-feira, 3. Em Bras�lia para a reuni�o da Executiva Nacional marcada para a ter�a-feira, 4, Florisvaldo chamou a opera��o de espet�culo e lembrou outras fases na v�spera de eventos do PT.

"Quantas fases vai ter essa Lava-Jato, 5559? Essa Lava-Jato n�o vai terminar, � s� espet�culo. � opera��o antes da reuni�o da Executiva, no retorno do Legislativo", reclamou o secret�rio. Petistas reclamam da coincid�ncia de datas entre eventos do partido e opera��es da Lava Jato que t�m como alvo integrantes da sigla. O ex-tesoureiro Jo�o Vaccari Neto foi conduzido coercitivamente na v�spera do anivers�rio de 35 anos do PT, em fevereiro, e preso preventivamente na v�spera de reuni�es do Diret�rio e da Executiva Nacional em abril.

A Construindo um Novo Brasil, corrente majorit�ria da qual Dirceu faz parte, tem encontro preparat�rio marcado para hoje na capital federal. Florisvaldo n�o quis adiantar se a CNB levar� � Executiva algum tipo de defesa ao ex-ministro, como foi feito com Vaccari na �ltima reuni�o. "N�o d� para saber. Ali�s, ningu�m ainda explicou por que o Vaccari continua preso".

Questionado sobre se a pris�o de Dirceu altera a pauta da reuni�o da c�pula petista, Florisvaldo disse que certamente o tema ser� discutido, mas ponderou: "Nossa vida e nossos projetos continuam, independentemente da Lava-Jato".

As cr�ticas dos petistas s�o sobre a "politiza��o" do combate � corrup��o. Florisvaldo diz que o partido esperava que o crit�rio da for�a-tarefa fosse "t�cnico, n�o pol�tico". "Defendemos que se combata a corrup��o, mas politizar a discuss�o n�o enfrenta. O Brasil est� perdendo uma oportunidade de combater a corrup��o", diz o petista.