O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comparou o esquema de corrup��o na Petrobr�s com o mensal�o e disse que existe uma mesma "raiz" para os dois esc�ndalos, que mostra a corrup��o como um modelo de governo. "Me parece que h� uma mesma raiz tanto para o fen�meno do mensal�o quanto este do petrol�o, e agora eletrol�o, e quantos '�os' venham ainda. Me parece que h� uma mesma matriz, � uma forma de governar, um modelo de governan�a", criticou. "A corrup��o como sistema de governo, como forma de organizar a administra��o, realmente � algo impens�vel", completou.
De acordo com ele, o desvio apurado no processo do mensal�o, de R$ 170 milh�es, "n�o d� nem um Barusco" - usando como refer�ncia a quantia de aproximadamente US$ 100 milh�es devolvida pelo ex-gerente da Petrobr�s, Pedro Barusco, no curso das investiga��es da Opera��o Lava Jato. Ele considerou "chocante" que enquanto o STF julgava o processo do mensal�o, no qual pol�ticos que faziam parte da c�pula do PT foram condenados, esquema semelhante se desenvolvesse na Petrobr�s. "Essa pr�tica estava permeando todas as atividades governamentais e administrativas. Isso que � chocante", disse o ministro. Gilmar Mendes participou do julgamento do mensal�o no STF, que condenou o ex-ministro Jos� Dirceu, preso novamente nesta segunda na Lava Jato, por corrup��o ativa no esquema.
Segundo o ministro do STF, o Minist�rio P�blico "n�o deu prosseguimento" �s investiga��es a respeito do mensal�o ap�s o julgamento do caso, mas j� havia uma recomenda��o por parte da CPMI dos Correios, na �poca, para obter mais informa��es sobre os fundos de pens�o. Supostas irregularidades no Petros, fundo de pens�o dos funcion�rios da Petrobr�s, s�o objeto de investiga��o atualmente pela Pol�cia Federal no �mbito da Lava Jato. Em depoimento � PF, um auxiliar do doleiro Alberto Youssef relatou uma conex�o entre o fundo, o doleiro e o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari.