
O ex-diretor da Petrobras Renato Duque (Servi�os), preso na Opera��o Lava-Jato, e seu novo advogado Marlus Arns estiveram na Superintend�ncia da Pol�cia Federal, no Paran�, para tratar de sua dela��o premiada nesta quarta-feira. O Minist�rio P�blico Federal tamb�m participou da reuni�o.
Duque � apontado como elo do PT no esquema de pagamento de propinas na estatal petrol�fera. Ele teria sido indicado ao cargo pelo ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu (Governo Lula), preso na segunda-feira, na opera��o Pixuleco, 17º cap�tulo da Lava-Jato.
Na ter�a-feira, o delegado Igor Rom�rio de Paula afirmou que as declara��es de Renato Duque podem ter o mesmo impacto da dela��o de um outro ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa (Abastecimento) - capturado em mar�o de 2014. Costa tornou-se o primeiro delator da Lava-Jato e apontou os nomes de deputados, senadores e governadores que teriam sido benefici�rios de propinas do cartel de empreiteiras que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014.
"Os que est�o presos hoje, se vierem a fazer acordo com certeza v�o ter repercuss�es na �rea pol�tica", disse o delegado da PF Igor Rom�rio de Paula, que integra a for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato. O delegado incluiu outros eventuais colaboradores. "Renato Duque, (Nestor) Cerver�, (Fernando) Baiano, enfim", disse Igor Rom�rio de Paula em entrevista na ter�a-feira.
Duque foi preso ap�s a Pol�cia Federal flagrar a tentativa do ex-executivo de ocultar patrim�nio n�o declarado na Su��a por meio, por exemplo, da transfer�ncia de 20 milh�es de euros para uma conta no Principado de M�naco.
Nesta segunda-feira, os criminalistas Alexandre Lopes, Renato de Morais e Jo�o Baltazar renunciaram em todos os processos em que defendiam Duque. "Em raz�o de princ�pios nossos, n�o advogamos para aquele que resolve realizar dela��o premiada. O advogado do delator passa a ser, em verdade, o Minist�rio P�blico. Dela��o, em nossa vis�o, n�o se coaduna com defesa criminal", afirmou Alexandre Lopes.