Depois de sofrer derrota na abertura do segundo semestre legislativo, a base aliada do governo Dilma Roussef viu, em uma s� noite, dois partidos, que juntos somam 44 parlamentares, declararem que deixar�o de acompanhar automaticamente o governo nas vota��es. Os l�deres do PDT e PTB disseram que a partir de agora seus posicionamentos ser�o decididos a cada vota��o.
O PTB tem 25 deputados e o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior), que n�o foi informado da decis�o. A escolha de Monteiro foi decis�o pessoal da presidente Dilma Roussef e contou com o respaldo da bancada do partido.
O l�der do PDT, Andr� Figueiredo (CE) atribuiu ao l�der do governo, Jos� Guimar�es (PT-CE) a mudan�a de postura da bancada. "Tomamos uma decis�o porque estamos sendo, de forma recorrente, desrespeitados. O PDT est� sendo chamado de infiel, trai�oeiro, quando o PDT � o �nico partido da base que se manifesta previamente como vai se portar nas vota��es".
O PDT tem 19 deputados e comanda o Minist�rio do Trabalho, com Manoel Dias. "Somos tachados pela lideran�a do governo de traidores. (O problema) � a lideran�a e o col�gio de vice-l�deres. A condu��o est� equivocada. O governo est� com dificuldade de di�logo dentro do parlamento", disse.
Figueiredo disse que "pr�ximos passos ser�o naturalmente dados". Ele n�o descartou a possibilidade de o partido entregar o minist�rio que ocupa. Guimar�es soube da decis�o do PDT e reagiu com indigna��o as declara��es de independ�ncia. "Esse neg�cio de independ�ncia, eu prefiro o rompimento", disse Guimar�es, que se comprometeu a refazer a base intensificando o di�logo com l�deres partid�rios e os ministros que representam suas legendas.
Desde a reabertura do semestre legislativo os l�deres da base encontram dificuldade para controlar a rebeldia de seus liderados, que impuseram uma derrota ao governo na noite de ter�a-feira, com a rejei��o de requerimento para adiar para o final do m�s uma Proposta de Emenda � Constitui��o que imp�e ao governo despesas de R$ 2,4 bilh�es.
Nesta quarta-feira, o governo tentou durante todo o dia construir uma alternativa menos impactante as cofres da Uni�o, mas at� o final da noite n�o havia conseguido consenso da C�mara.