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Estado de Minas

'O Z� nunca foi dinheirista', afirma defensor


postado em 07/08/2015 11:49 / atualizado em 07/08/2015 11:55

Curitiba e S�o Paulo - O criminalista Roberto Podval, que defende o ex-ministro Jos� Dirceu (Casa Civil do governo Lula) - preso na Opera��o Pixuleco, 17.º cap�tulo da Lava-Jato -, afirmou na quinta-feira, 6, que 'o Z� nunca foi dinheirista'.

Ap�s acompanhar o depoimento do irm�o do ex-ministro, advogado Luiz Eduardo Oliveira e Silva, que tamb�m foi preso na Pixuleco, Roberto Podval declarou que "� est�pida" a suspeita da Lava-Jato de que Jos� Dirceu era o chefe da organiza��o que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014 para desvios, fraudes e propinas.

"Podem fazer a cr�tica que quiserem, podem gostar dele (Dirceu) ou n�o, o p�blico pode odi�-lo, mas o Z� nunca foi dinheirista, n�o � a hist�ria dele. Z� nunca foi atr�s de dinheiro. Colocarem ele como chefe de quadrilha � uma coisa est�pida. A� eu vejo delator (Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da Petrobras) entregando 249 milh�es de reais e o Z� pedindo dinheiro para sobreviver. Isso n�o � chato? A� ele � o chefe de quadrilha? � a coisa mais est�pida que ouvi. O chefe da quadrilha precisa de dinheiro para sobreviver, enquanto o subalterno tem 250 milh�es para entregar � Justi�a? Esse mundo t� maluco. Tem que ver o papel de cada um nessa hist�ria."

Podval destacou que "at� hoje nenhum dos delatores falou do Z� recebendo no exterior".

"Quase todos se transformaram em delatores, nenhum falou dele. O Z� n�o tem porque n�o tem (dinheiro). N�o era o objetivo dele. O objetivo dele � fazer pol�tica. Esse homem n�o ficou rico."

A PF diz que a empresa do ex-ministro JD Assessoria e Consultoria faturou R$ 39 milh�es em oito anos, valor supostamente com origem em propinas do esquema Petrobras. A PF diz que Dirceu continuou recebendo propinas mesmo depois de preso na Papuda, em Bras�lia, condenado no Mensal�o por corrup��o ativa a 7 anos e 11 meses.

Segundo Podval, o irm�o do ex-ministro admitiu � Pol�cia Federal ter procurado empresas para pedir dinheiro, quando Dirceu j� estava preso. "O Luiz Eduardo (irm�o de Dirceu) contou, esclareceu tudo. Ele procurou, sim, empresas com as quais a JD Assessoria e Consultoria j� tinha contratos. Algumas ajudaram, 10 mil reais, 20 mil reais, outras n�o. Estava numa situa��o grave, com d�vidas. Ora, n�o tem sentido o irm�o ficar pedindo dinheiro e a� dizem que o Z� ficou rico."

Roberto Podval afirmou que o ex-ministro n�o vai fazer dela��o premiada. "O Z� morre na cadeia, mas o Z� n�o faz dela��o. � s� conhecer o Z� Dirceu. N�o � um homem que busque enriquecer, n�o � esse o objetivo da vida dele. N�o � um homem que admite fazer dela��o, pela sua pr�pria estrutura. Ele � um dos dois ou tr�s que morrer�o sem fazer dela��o."

O criminalista rebateu a informa��o de que Dirceu tentou ocultar patrim�nio ao vender para um ex-s�cio dele na JD Assessoria a casa onde mora sua m�e, em Passa Quatro (MG). "Esse patrim�nio n�o foi ocultado. O im�vel j� estava registrado no nome dele (J�lio C�sar). Essa rela��o est� esclarecida, a casa foi passada para o nome dele (Julio C�sar), n�o foi escondido n�o. � bom que se diga. A casa da m�e, a casa do irm�o, a casa do Z�, isso n�o tem nenhuma compara��o com o patrim�nio dos que est�o a� fazendo as dela��es. Os valores que est�o colocados, estou falando dos operadores (de propinas), dos delatores que sa�ram correndo para delatar todo mundo e que se colocaram como os bonzinhos da hist�ria. Todos eles t�m fortunas, fortuna que nenhum de n�s conseguiu ter. Por isso, � importante tratar as coisas como elas s�o."

O criminalista disse que visitou Dirceu na Cust�dia da PF em Curitiba, base da Lava-Jato. Garantiu que o ex-ministro n�o falou nada sobre a falta de apoio do PT. "Eu conversei longamente com o Z�. Ele est� muito sereno. O Z� n�o est� trabalhando muito com pol�tica partid�ria. Ele entende a situa��o do Pa�s, todo mundo muito preocupado com isso. A preocupa��o dele hoje � a defesa dele, desfazer esse imbr�glio em que foi colocado. N�o vi m�goa dele com o PT, nem cobran�a do PT, nem expectativas (de apoio do partido). Est� muito sereno."


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