Sem conseguir quitar folha, Rio Grande do Sul atrasa repasses

Porto Alegre - Com as contas no vermelho, o governador Jos� Ivo Sartori (PMDB) decidiu, al�m de parcelar sal�rios de servidores, adotar um plano complementar para aposentadoria de futuros funcion�rios e extinguir tr�s funda��es. Ao anunciar o parcelamento do pagamento de sal�rios, o secret�rio da Fazenda, Giovani Feltes, disse que faltariam R$ 360 milh�es para quitar a folha salarial na integralidade.

Para que o corte n�o fosse maior, o governo adotou uma s�rie de medidas, como o novo atraso na parcela da d�vida com a Uni�o (R$ 280 milh�es), repasses (prefeituras e custeio de �rg�os do governo) e fornecedores (R$ 125 milh�es), al�m de recorrer a mais R$ 200 milh�es dos dep�sitos judiciais e R$ 50 milh�es dispon�veis no caixa �nico.

"O momento financeiro nos imp�e falta de dinheiro para pagar a folha. A quest�o das finan�as p�blicas pode ser uma oportunidade para encontrarmos solu��es perenes que recoloquem a locomotiva que � o Estado nos trilhos", disse Feltes.

�reas

Entre os mais prejudicados com o escalonamento da remunera��o est�o duas �reas essenciais para a popula��o: seguran�a e educa��o. Alunos n�o tiveram aula porque professores foram �s ruas protestar e in�meras pessoas ficaram reclusas em casa com medo da inseguran�a, j� que s� 15,1% dos policiais foram pagos e, por isso, reduziram os atendimentos.

"Se n�o houver condi��es, vamos dizer aos nossos superiores que n�o temos condi��es de sair para a rua", disse Leonel Lucas, presidente da entidade que representa servidores da PM.

Ap�s o an�ncio do parcelamento salarial, Sartori pediu compreens�o aos servidores. "Precisamos formar um grande pacto de uni�o, de compreens�o e de solidariedade. Juntos, vamos vencer essa crise", disse o governador.