Zelada e lobista do PMDB viram r�us na Lava-Jato por corrup��o

Curitiba - O juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava-Jato, aceitou den�ncia contra o ex-diretor da Petrobr�s Jorge Zelada (Internacional), os lobistas Jo�o Augusto Henriques, suposto bra�o do PMDB no esquema de propinas na estatal, Raul Schmidt Felippe Junior e Hamylton Padilha - um dos delatores da Lava-Jato -, o ex-diretor geral da �rea Internacional da estatal Eduardo Vaz da Costa Musa e o executivo chin�s Hsin Chi Su (Nobu Su). Os seis s�o r�us por corrup��o, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas.

A for�a-tarefa da Lava -Jato apurou que Hsin Chi Su, executivo da empresa chinesa TMT, e Hamylton Padilha, lobista que atuava na Petrobr�s, repassaram aproximadamente US$ 31 milh�es, sobre um contrato de afretamento do navio-sonda Titanium Explorer, a t�tulo de propina para Zelada (diretor Internacional da Petrobr�s entre 2008 e 2012), para Eduardo Musa e para o PMDB, respons�vel pela indica��o e manuten��o destes em seus respectivos cargos. Segundo a Procuradoria, o lobista Jo�o Augusto Henriques, fez suposto repasse de propina ao PMDB. Cerca de US$ 10 milh�es teriam sido pagos.

"H� ainda, segundo afirma o MPF, poss�vel direcionamento de parte da propina ao PMDB. Entretanto, n�o h� na den�ncia identifica��o de qualquer autoridade com foro privilegiado que teria recebido tal propina, nem h� rastreamento documental do dinheiro da parte que foi supostamente intermediada por Jo�o Augusto Rezende Henriques ao referido partido pol�tico. N�o havendo acusa��o contra autoridade com foro privilegiado, nem prova mais concreta do efetivo pagamento de valores a autoridade com foro privilegiado, n�o h� o que falar em compet�ncia do Supremo Tribunal Federal", afirmou Moro.

De acordo com a den�ncia, em troca de propina, Zelada e Eduardo Musa beneficiaram a sociedade americana Vantage Drilling no contrato de afretamento do navio-sonda Titanium Explorer, celebrado com a Petrobras no valor de US$ 1.816.000,00. A Comiss�o Interna de Apura��o institu�da pela Petrobr�s a partir das investiga��es da Opera��o Lava-Jato apontou diversas irregularidades neste contrato, como por exemplo a n�o submiss�o de pedido � diretoria executiva da estatal para o in�cio das negocia��es e da contrata��o; a finaliza��o dos trabalhos da Comiss�o de Negocia��o antes da conclus�o do processo de negocia��o e contrata��o; a inexist�ncia de provas do recebimento das propostas de todos os fornecedores; a inexist�ncia de elabora��o de relat�rio final da contrata��o; propostas comerciais enviadas por e-mail; e submiss�o de relat�rio incompleto � Diretoria Executiva.

Jorge Luiz Zelada sucedeu Nestor Cerver� no comando da Diretoria da �rea Internacional da Petrobr�s, em 2008. O Minist�rio P�blico Federal descobriu duas contas secretas de Zelada no Principado de M�naco, uma delas com saldo sequestrado de 10.294.460,10 euros.