
No primeiro discurso ap�s apresentar nesta segunda-feira seu pacote anticrise ao governo federal, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que sua agenda n�o tem por objetivo ajudar a gest�o da petista. "N�o estamos estendendo a m�o a um governo que � ef�mero e fal�vel", afirmou o peemedebista, ao destacar que o governo Dilma "n�o � o Brasil" e que a proposta visa a atacar problemas que continuar�o existindo ap�s o mandato da presidente.
Na tentativa de n�o criar um contraponto com o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Renan disse que sua agenda � uma colabora��o n�o somente do Senado, mas do Poder Legislativo. O peemedebista lembrou que o sistema � bicameral. Mai cedo, Cunha minimizou a aproxima��o do Pal�cio do Planalto com o Senado ap�s o lan�amento do pacote de Renan, tamb�m citando o fato que as propostas precisam passar pelas duas Casas Legislativas.
"Vivemos pela Constitui��o um sistema bicameral. N�o vivemos um sistema unicameral. As duas Casas t�m de funcionar e aprovar suas propostas. N�o d� para achar que s� o Senado funciona ou s� a C�mara funciona", disse Cunha.
Caminhos
Segundo Renan, sua obriga��o como presidente do Congresso � procurar caminhos novos, mesmo correndo o risco de errar. "Erro imperdo�vel numa crise � a ina��o, a abulia, esse erro procurarei sempre evitar. � preciso perder o medo de errar e de corrigir os erros", disse ele.
O presidente do Senado disse que n�o pretende impor uma agenda para o Brasil. Ele citou o fato de que nesta quarta-feira, 12, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vir� ao Congresso para discutir se aceita a iniciativa apresentada por ele, batizada de "Agenda Brasil". "N�s queremos e podemos ser vistos como facilitadores e n�o como sabotadores da na��o", afirmou.
Renan, que se disse um "cr�tico transparente e claro do ajuste fiscal", defendeu um salto qualitativo no modelo de coaliz�o a partir de propostas e n�o com "fisiologismo". Para o peemedebista, � preciso encontrar sa�das para a economia a partir da resolu��o da crise pol�tica. Segundo ele, s� assim ser� poss�vel respirar "os ventos da tranquilidade".
Ressalvas
A oposi��o viu com ressalvas o pronunciamento de Renan. O l�der do PSDB no Senado, C�ssio Cunha Lima (PB), disse que a Casa n�o � respons�vel pela crise atual. "N�o podemos ser massa de manobra no momento em que a nau naufraga, levada a pique pelo governo e pelo PT", criticou o tucano.
O l�der do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que a respons�vel pela crise � Dilma e o PT que est�o no comando do Pa�s nos �ltimos 12 anos. "Se o Senado Federal n�o votar essa pauta complexa, a responsabilidade da crise � do Senado ? N�o. A causa de tudo isso � o projeto de poder do PT", acusou.