
O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desautorizou, no final da tarde desta ter�a-feira, 11, a defesa pelo di�logo com a Advocacia Geral da Uni�o (AGU) feita pelo procurador parlamentar, deputado Cl�udio Cajado (DEM-BA), e ratificou a posi��o pelo rompimento com o �rg�o na defesa da Casa nos tribunais superiores. "O procurador fez a representa��o pela procuradoria parlamentar. Eu estou tomando a decis�o pela C�mara e cabe a mim tom�-la", disse. "A decis�o da C�mara est� tomada e a AGU n�o a representar� mais nos tribunais superiores", completou Cunha.
Minutos antes, Cajado explicou que a C�mara n�o optou por ter uma advocacia pr�pria justamente para fortalecer a parceria com a AGU e com o Minist�rio P�blico Federal, e defendeu o di�logo. "Entendemos que se h� problemas temos que sentar e resolver. Agora, claro que a AGU n�o pode ter um lado, pois o lado da AGU � o lado das institui��es. Se houve um fato isolado n�s podemos ultrapassar e vamos conversando", afirmou.
Cajado admitiu que a decis�o sobre o rompimento � de Cunha, mas voltou a defender a negocia��o com a AGU. "Tudo nessa Casa pode ser motivo de conversa��o para se chegar a um acordo. A decis�o (sobre rompimento) � do presidente Eduardo Cunha, n�s n�o conversamos, mas espero que no momento certo possamos ajustar, em nome da boa rela��o com os demais poderes, inclusive coma pr�pria AGU, essa continuidade", defendeu, antes de reafirmar que pretende conversar com Cunha sobre o assunto. "Temos um conv�nio que durar� 60 meses, foi prorrogado, e pode haver alguma altera��o. � precipitado agora, at� porque n�o conversei com o presidente, para saber o que especificamente ser� alterado e vamos aguardar.
Rompimento
Ontem, o advogado-geral da Uni�o, Luis In�cio Adams, e o presidente da C�mara apresentaram vers�es divergentes sobre uma a��o protocolada na �ltima sexta-feira, 7, no Supremo Tribunal Federal (STF), que pede a invalida��o de provas obtidas contra o peemedebista na Opera��o Lava Jato. O pedido chegou ao Supremo tr�s meses depois da apreens�o de documentos na C�mara.
Enquanto Adams afirmou ter sido cobrado tr�s vezes por Cunha para que a a��o fosse encaminhada ao STF, o presidente da C�mara acusa o advogado-geral de mentir. Segundo Adams, al�m de of�cios encaminhados � AGU nos dias 5 e 30 de junho, Cunha cobrou a a��o por telefone, tamb�m na sexta-feira. Desde ontem, Cunha amea�ava romper o conv�nio de coopera��o t�cnica entre a AGU e a Casa.
Como depende da estrutura da AGU para defender a C�mara em 1 mil a��es trabalhistas nos Estados, o peemedebista anunciou hoje que s� poderia tirar a AGU da representa��o nos tribunais superiores, o que foi anunciado hoje por ele. Advogados da pr�pria C�mara passar�o a atuar em nome da Casa Legislativa nessas cortes.