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Estado de Minas

Agenda anticrise de Renan patina dentro do pr�prio PMDB

Ministros e senadores do PMDB n�o avan�am nas pautas propostas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. Eduardo Cunha afirma que as medidas s�o "jogo de espuma"


postado em 13/08/2015 06:00 / atualizado em 13/08/2015 08:25

Lula se reuniu com caciques do PMDB, como o ex-presidente Sarney, e aliados (foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)
Lula se reuniu com caciques do PMDB, como o ex-presidente Sarney, e aliados (foto: Elza Fi�za/Ag�ncia Brasil)

Bras�lia - Considerada pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um mero “jogo de espuma sem conte�do” , a agenda Brasil proposta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que patina no pr�prio partido, gerou um enorme factoide pol�tico nessa quarta-feira (12), com uma reuni�o do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do Planejamento, Nelson Barbosa, e 42 senadores, inclusive da oposi��o. Mas, de concreto, s� avan�aram as pautas que j� estavam prontas para serem votadas antes do gesto de apoio ao Planalto oferecido pelo peemedebista alagoano.

“Propusemos, agora cabe ao governo colocar press�o na base para votar. Se n�o o fizer, n�s o faremos, pois essa agenda � nossa, n�o do Executivo”, resumiu o l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE). Bras�lia viveu um dia de muitas reuni�es, jantares, caf�s da manh�, almo�os e, at� agora, poucos resultados concretos. Da pauta de Renan, est�o mais perto de sair do papel a reonera��o da folha de pagamentos, a unifica��o das al�quotas do ICMS, a repatria��o de recursos do exterior e o imposto sobre grandes fortunas, uma demanda do PT que atrai pouca simpatia dos demais partidos. “Foi uma conversa muito produtiva. A inten��o � colocar para votar o que houver converg�ncia”, completou Renan.

O presidente do Senado incluiu ainda mais duas propostas no debate. O primeiro � o estabelecimento de um limite para as d�vidas bruta e l�quida de estados e munic�pios e a obrigatoriedade de os bancos repassarem para governadores e prefeitos parte dos dep�sitos judiciais originado do pagamento das d�vidas com a Uni�o, ponto defendido pelo senador Jos� Serra (PSDB-SP) e que foi vetado pelo Planalto.

“O governo n�o se comprometeu com nada de maneira profunda. Foi uma reuni�o insossa”, resumiu o presidente nacional do DEM, Jos� Agripino (RN). “Vamos analisar a agenda ponto a ponto, mas n�o votaremos nada no atacado. N�o adianta sermos os salvadores do governo se a C�mara tamb�m votar� as propostas”, ironizou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

ARTICULA��O
Foi um longo dia de articula��es. Pela manh�, a c�pula peemedebista, incluindo o vice-presidente Michel Temer, tomou caf� com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Lula elogiou a agenda de Renan, pediu ajuda do PMDB para a governabilidade de Dilma. E apoiou a postura de Temer na semana passada, que pediu um pacto nacional para ajudar a tirar o pa�s da crise pol�tica e econ�mica em que se encontra.

De l�, Temer saiu para um almo�o com a bancada de deputados do PMDB. Meio que a contragosto, Cunha participou do encontro. “N�o venham dizer que eu sou respons�vel por uma pauta-bomba. Tudo o que coloco em vota��o � fruto da reuni�o do col�gio de l�deres. N�o tenho culpa se o governo n�o tem base para aprovar ou rejeitar mat�rias que lhe interessam”, provocou Cunha, diante de Temer.

Os peemedebistas reclamaram a Temer que a presidente e o PT continuam chamando o PMDB apenas no momento em que est�o em apuros. Alguns parlamentares do Maranh�o se queixaram de que Dilma esteve na segunda-feira no estado e nem sequer recebeu uma comitiva do partido. Deputados petistas acham, contudo, que Dilma est� empenhada em mudar de comportamento. “Poder� faltar sensibilidade ainda. Mas ela percebeu que, se algu�m abrir um processo de impeachment aqui, ele passa e n�o haver� Senado que salve o desastre”, disse um cacique do PT.

MERCADANTE O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que o ambiente da C�mara dos Deputados � de “consci�ncia da import�ncia da estabilidade econ�mica e da responsabilidade fiscal”, e que as lideran�as da base na Casa ir�o tamb�m buscar uma pauta positiva, a exemplo do Senado, para este semestre. Na noite de ter�a-feira, os deputados derrubaram um destaque � PEC 443 que ampliava a vincula��o do sal�rio de servidores ao de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e aumentava o custo da medida de R$ 2,4 bilh�es para R$ 7 bilh�es por ano.

“Na reuni�o que fiz com l�deres da C�mara, senti uma disposi��o sincera de buscar tamb�m uma pauta que dialogue com essa iniciativa do Senado, ver o que � convergente, o que eles querem acrescentar, para a gente ter uma perspectiva para o semestre de uma agenda positiva para retomada do desenvolvimento e da estabilidade”, afirmou o ministro.

Para Mercadante, � muito positivo o Senado apresentar temas que possam contribuir para o Brasil. Segundo ele, essa pauta do Senado, apresentada por Renan, ajuda para a confian�a de investidores e para a estabilidade. “Renan tem experi�ncia pol�tica, sabe da import�ncia do Senado para a estabilidade”, destacou. (Com ag�ncias)

 


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