
O interior de Minas tamb�m gritou "Fora, Dilma", pediu o fim da corrup��o e caminhou unido nas ruas e pra�as vestido de verde e amarelo. Em Uberl�ndia, na Regi�o do Tri�ngulo, cerca de 6 mil pessoas, conforme os organizadores, e 4,5 mil, nos n�meros da Pol�cia Militar, cantaram o Hino Nacional na manifesta��o que come�ou na Pra�a Tubal Vilela e foi comandada pelos grupos Vem pra Rua, Brasil Livre e Nas Ruas Contra a Corrup��o. "Todo mundo est� mais animado, estimulado. Poderia ter mais gente, mas, como s�bado foi feriado na cidade, muitos viajaram", afirmou Marco Lara, dos movimentos Vem pra Rua e Nas Ruas Contra a Corrup��o/Uberl�ndia.
Na cidade do Tri�ngulo, a concentra��o come�ou �s 10h se estendendo at� quase o meio-dia. Vilela disse que, al�m da for�a das reivindica��es e protestos contra o governo Dilma Rousseff, a manifesta��o desta vez teve um complemento "empolgante": no carro de som, a trilha sonora era da banda ga�cha La Loka Liberal, com sua cr�tica afiada � mandat�ria que iniciou sua carreira pol�tica no Rio Grande do Sul.
Tradicional reduto petista, Vi�osa, na Zona da Mata, tamb�m aderiu ao “Fora, Dilma”, informou J�lio C�sar Carvalho de Ara�jo, do movimento Vem pra Rua. "As pessoas est�o mais corajosas, sem medo de mostrar a cara. O PT sempre foi forte aqui, mas tem muita gente que votou neles aderindo", disse J�lio C�sar, explicando que 400 pessoas participaram da manifesta��o iniciada no local conhecido como Quatro Pilastras, em frente ao port�o da Universidade Federal de Vi�osa (UFV). Desse ponto, a turma caminhou at� o pr�dio da C�mara Municipal, carregando cartazes e faixas.
DIFERENTE Em Juiz de Fora, tamb�m na Zona da Mata, integrantes do movimento Muda Brasil, al�m de institui��es, associa��es e populares sa�ram �s ruas para pedir o fim da corrup��o. Os organizadores estimaram a presen�a de 12 mil pessoas, enquanto a Pol�cia Militar calculou entre 5 mil e 6 mil manifestantes. A maioria usava roupas nas cores da bandeira do Brasil, mas alguns se vestiram de preto, em sinal de luto. Faixas e cartazes mostravam dizeres contra o governo e a presidente.
Na mesma regi�o, Muria� procurou fazer uma manifesta��o diferente, informou o vice-presidente do PSDB no munic�pio, Jos� �ngelo de Freitas, o Jos� Nenzinho. "Em vez de concentra��o �nica, foram feitas manifesta��es em v�rios locais, como a Pra�a Jo�o Pinheiro, Pracinha da Barra, perto do Rio Doce, e no Bairro Santa Terezinha. Ele estimou em 1,5 mil pessoas o n�mero de participantes.
J� em Governador Valadares, na Regi�o Leste, o tom m�ximo foi dado por 150 motoqueiros que puxaram a manifesta��o com cerca de 1,5 mil pessoas, n�mero superior ao do �ltimo movimento, disse uma das organizadoras, Patr�cia Rocha Pinheiro Corr�a. Os protestos tiveram in�cio por volta das 10h30, na Avenida Minas Gerais, no Centro da cidade, e as pessoas seguiram at� a Pra�a Serra Lima, onde fizeram o contorno e retornaram � Pra�a dos Pioneiros, perto da prefeitura.
“Eu acho que isso tudo foi uma grande farsa, montada pelo PT, para enganar o povo brasileiro, que acreditou em uma proposta de governo que n�o deu em nada”, protestou o m�dico Manoel Arc�sio. Ele disse acreditar que as press�es populares possam culminar no impeachment ou em uma poss�vel ren�ncia da presidente. “Tenho grande esperan�a, porque n�o d� mais para suportar essa mesmice de corrup��o. � extremamente necess�rio que o Brasil tenha uma pol�tica mais honesta, digna”, afirmou.
NORTE DE MINAS Em Montes Claros, a manifesta��o, iniciada �s 9h30, reuniu cerca de 400 pessoas, segundo a Pol�cia Militar. Os manifestantes se concentraram na Pra�a da Catedral (Centro), onde houve um ato p�blico, marcado pela exibi��o de faixas e cartazes e discursos inflamados em cima de um carro de som, com palavra de ordem contra o PT e pedidos de impeachment da presidente Dilma. Organizada pelo Movimento Vem pra Rua, a manifesta��o teve como um dos destaques a presen�a dos jovens caras-pintadas, recordando a �poca dos protestos contra o ex-presidente Fernando Collor. � o caso do estudante Lucas Nalim, de 17 anos. “Defendo o impeachment da presidente Dilma porque acho que ela faz uma gest�o ruim e isso est� sendo muito ruim para o pa�s”, disse o “cara-pintada”.
Outro participante do ato, o padre Marco Oliveira disse que resolveu aderir ao movimento por iniciativa pr�pria, sem seguir nenhuma recomenda��o da Igreja Cat�lica. “Estou aqui como cidad�o.” O juiz do trabalho Jo�o L�cio da Silva tamb�m se vestiu de amarelo. “Acho que � absolutamente necess�rio o povo vir para a rua e trazer o seu sentimento de indigna��o. Somente com a consci�ncia pol�tica poderemos transformar o Brasil”, afirmou. A arquiteta �urea Fagundes tamb�m pintou o rosto de verde e amarelo. “Al�m de cumprir nossos deveres, temos que lutar pelos nossos direitos assegurados pela Constitui��o que est�o sendo retirados pelo governo do PT”, declarou. (Colaborou Alessandra Alves)
