
O relator da CPI dos Fundos de Pens�o, S�rgio Souza (PMDB-PR), abriu na tarde desta ter�a-feira a primeira reuni�o da comiss�o na C�mara dos Deputados salientando a necessidade de investiga��o no setor, por causa de ind�cios de fraudes verificados de 2003 a 2015. "Este � mais um poss�vel foco de corrup��o que precisa ser investigado com a m�xima urg�ncia", afirmou. "� preciso esclarecer que muito al�m de investigar as causas dos preju�zos, a presente CPI tem o dever de apurar se houve desvio de recursos privados das institui��es", continuou.
O parlamentar apresentou a organiza��o de seu plano de trabalho. Primeiro, deseja ouvir os pensionistas, os mais prejudicados pelos preju�zos. Em seguida, a diretoria executiva e do conselho fiscal dos fundos, respons�veis diretos pela gest�o e aplica��o dos recursos. Ao mesmo tempo que quer ouvir estes grupos, o relator enfatizou que � preciso fazer a an�lise de documentos. Ele citou tamb�m a realiza��o de dilig�ncias, outro instrumento investigativo para obten��o de provas. Conclu�da a instru��o, Souza afirmou que apresentar� o relat�rio.
A cria��o da CPI foi autorizada em maio pelo Senado com o objetivo de investigar supostas irregularidades e preju�zos na administra��o de recursos financeiros em entidades fechadas de previd�ncia complementar, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente pela Uni�o. Entre elas, est�o Petros (Petrobras), Postalis (Correios), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa Econ�mica).
� imprensa, o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB), chegou a dizer que o rombo com opera��es dessas associa��es pode chegar a R$ 5,5 bilh�es e que � fruto da corrup��o. O "modus operandi" do d�ficit do fundo de pens�o �, de acordo com ele, semelhante ao do Petrol�o: aparelhamento das institui��es, tr�fico de influ�ncia e direcionamento para neg�cios equivocados.