(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Governo faz gestos a empres�rios e Dilma pede ajuda para 'travessia'


postado em 19/08/2015 07:19 / atualizado em 19/08/2015 08:17

Bras�lia - O governo federal fez nessa ter�a-feira, 18, gestos de boa vontade para setores empresariais no momento em que busca um pacto de estabilidade pol�tico e econ�mico que evite o agravamento da crise no Pa�s. No mesmo dia em que o vice-presidente Michel Temer comandou a recep��o a uma frente de empres�rios que foi negociar o projeto que acaba com a pol�tica de desonera��o da folha de pagamentos em vigor entre 2011 e 2015, o Planalto orientou os bancos p�blicos a liberar cr�dito mais barato para empresas da cadeia produtiva de diversos setores da economia.

Liderados pelo presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, filiado ao PMDB, os empres�rios apresentaram uma proposta mais branda e linear de reonera��o da folha para todos os setores. A vota��o, que estava prevista para a tarde de ontem no plen�rio do Senado, foi adiada e volta hoje � mesa de negocia��es.

Enquanto os empres�rios apresentaram uma proposta de reonera��o linear para todas os setores com um aumento menor, de 50% - com exce��o para os produtos da cesta b�sica -, durante outra cerim�nia em Bras�lia, a presidente Dilma Rousseff fez apelos pelo enfrentamento da crise. Na inaugura��o da Escola Nacional de Gest�o Agropecu�ria (Enagro), a presidente pediu ajuda para a "travessia" da turbul�ncia econ�mica.

Acossado pelas crises pol�tica e econ�mica, o governo federal tenta envolver empres�rios num arranjo que evite um processo mais traum�tico. "Hoje enfrentamos algumas dificuldades e todos nessa sala sabem disso. O Brasil, at� ent�o, tinha tido desempenho fant�stico, mas hoje n�o temos mais como dar suporte a tudo que fizemos", afirmou a presidente.

"Desoneramos folha, cesta b�sica e uma s�rie de investimentos produtivos", disse. "Vamos continuar mantendo as desonera��es, como a cesta b�sica. Temos de fazer isso (tirar as desonera��es) porque estamos em travessia e n�o podemos permitir retrocessos."

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que retomou a alian�a com o Pal�cio do Planalto, chamou o projeto de desonera��o de "cad�ver insepulto" e disse que, ap�s esse texto, o Senado poder� discutir um cen�rio de "p�s-ajuste fiscal". "H� um esfor�o muito grande do Senado para tirar esse cad�ver insepulto da nossa pauta para, enfim, cuidar do p�s-ajuste porque o Brasil precisa demais disso", disse Renan.

O governo previa economizar R$ 12,5 bilh�es com o fim das desonera��es. O texto aprovado na C�mara eleva em mais de 100% a taxa��o para a maioria dos setores beneficiados, mas abre exce��es para transportes, call centers, comunica��es e t�xteis e cal�ados. Esses segmentos foram preservados e dever�o ter um tratamento diferenciado.

O PMDB quer ampliar os setores preservados dos efeitos do projeto considerado fundamental para o ajuste fiscal conduzido pelo governo federal. "N�o estamos atr�s de facilidades, estamos atr�s do interesse do Brasil. O dif�cil � enfrentar o desemprego e desestimular as empresas", afirmou Paulo Skaf.

Adiamento

O relator da proposta, senador Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), disse que quer discutir com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a eventual amplia��o das desonera��es para mais setores. Para evitar a aprova��o do texto sugerido pela Fiesp, Levy teve de entrar em campo e pedir a Eun�cio o adiamento da vota��o. "Estou fazendo uma discuss�o para tentar ampliar, mas nunca para restringir o n�mero de setores", afirmou Eun�cio. "Pode n�o mudar nada." A decis�o de adiar a vota��o para hoje foi tomada ap�s rodadas de reuni�es entre lideran�as do PMDB e empres�rios de diferentes segmentos que desembarcaram no in�cio da manh� em Bras�lia.

Manifesto

A conclus�o da discuss�o da �ltima proposta do ajuste fiscal do governo pode ocorrer hoje, quando est� prevista a divulga��o de um manifesto promovido por entidades de v�rios setores a favor de um pacto pela governabilidade. Segundo uma fonte que participa da elabora��o do documento, a carta n�o deve dizer claramente que � contra o impeachment, mas pedir� que se cumpra a Constitui��o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)