
O presidenete nacional do PSDB, senador A�cio Neves, vai se reunir com l�deres da oposi��o e de setores do PMDB contr�rios ao governo para discutir com juristas uma sa�da para a crise pol�tica.
Em entrevista no Senado, nessa ter�a-feira, A�cio Neves ressaltou que oposi��o seguir� agindo de acordo com as regras constitucionais e em defesa dos interesses da sociedade representada nas a��es que est�o sob julgamento no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Faremos nos pr�ximos dias uma reuni�o com os l�deres dos partidos de oposi��o, com setores inclusive do PMDB que j� manifestaram disposi��o de participar desse encontro, com os juristas que t�m expressado, de forma muito clara, tamb�m, a sua posi��o em rela��o � solu��o dessa crise, como Miguel Reale. Porque nesse instante � absolutamente fundamental que todos n�s voltemos os nossos olhos para a a��o dos nossos tribunais. Seja o Tribunal de Contas, seja o TSE, para que n�o sofram qualquer tipo de constrangimento”, afirmou A�cio Neves.
O senador advertiu que a opini�o p�blica n�o aceitar� qualquer tentativa de acordo pol�tico que tenha como objetivo manipular as institui��es p�blicas respons�veis pela fiscaliza��o dos atos cometidos pelo governo federal.
“A opini�o p�blica do Brasil repudiou, no �ltimo domingo, e repudiar�, de forma veemente, qualquer tentativa de acordo, se ele realmente houver, que signifique manietar, constranger as nossas Cortes, que devem discutir as demandas que l� est�o, as a��es que l� est�o, com equil�brio e com isen��o”, afirmou A�cio.
O presidente do PSDB disse que a reuni�o dos partidos de oposi��o analisar� todas as sa�das previstas na Constitui��o para garantir a governabilidade do pa�s.
“Vamos examinar todas as alternativas e, obviamente, amparados pelos juristas ligados ao PSDB, definindo de que forma vamos agir nas pr�ximas semanas. Mas o sentimento que colhemos � de que este governo perdeu na alma, no cora��o das pessoas, dos brasileiros quaisquer condi��es de permitir a retomada do crescimento, a recupera��o do emprego, o controle da infla��o, a recupera��o da economia brasileira”, afirmou.
Ren�ncia
Sobre a possibilidade de um pedido de ren�ncia pela presidente Dilma Rousseff, A�cio Neves disse que trata-se de um ato que n�o depende do PSDB ou das oposi��es. A ren�ncia � um ato unilateral, que n�o depende de uma iniciativa do PSDB”, afirmou.
O senador tamb�m rebateu o ataque feito hoje pelo PT a Fernando Henrique Cardoso, depois que o ex-presidente da Rep�blica classificou uma eventual ren�ncia da presidente Dilma como um ato de grandeza em favor da retomada das condi��es de governabilidade para o pa�s.
“O que o ex-presidente fez foi expressar um sentimento que ele, como um homem p�blico absolutamente digno e respons�vel, colhe de tudo o que ele est� vendo, de tudo o que est� percebendo. Ele considera que a ren�ncia talvez seja o menos traum�tico dos processos. E est� tamb�m na mesa para ser discutido. N�o sei se, pelas respostas que ouvi hoje, o governo teria essa grandeza”, afirmou.
O senador tamb�m comentou a repercuss�o da defesa do ex-presidente fernando henrique Cardoso para quea presidente Dilma Rousseff renunciasse ao cargo. “Ouvi uma declara��o inacredit�vel, que dizia que essas manifesta��es do ex-presidente Fernando Henrique tinham uma certa express�o de inveja. Um presidente que � respeitado por onde anda no Brasil e fora do Brasil. Por que ele teria inveja? Inveja de quem? Inveja de uma presidente sitiada? Inveja de um ex-presidente investigado e inflado nos c�us de Bras�lia no �ltimo domingo? Inveja de um partido pol�tico, que � o PT, mergulhado em den�ncias?”, questionou o presidente do PSDB.